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– 26-10-2002 |
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Cabo Verde : Produção agr�cola 74 por cento inferior � de 2001Cidade da Praia, 25 Out Madalena Neves, ministra do Ambiente, Agricultura e Pescas, disse que a produ��o mais afectada � a do milho, mas as quebras abarcam praticamente todas as culturas, nomeadamente de feij�o e hort�colas, entre outras. A produ��o de milho esperada � de cinco mil toneladas, quando num ano m�dio poder� ser quatro vezes superior, e num ano bom chegou �s 25 mil toneladas. Mas, em 1994 e 1996 os maus anos agr�colas geraram produ��es � volta das tr�s mil toneladas. A produ��o deste ano concentra-se essencialmente nas ilhas de Santiago e Fogo, e em reduzida escala nas de Santo Ant�o e são Nicolau. Nas ilhas da Boavista e Maio a produ��o será praticamente nula, afirmou a ministra. O milho � um produto b�sico da dieta alimentar cabo-verdiana. Num bom ano agr�cola este e outros cereais asseguram apenas 12 por cento das necessidades do país. Para resolver este problema, o Estado vai refor�ar as importa��es, os pedidos de ajuda alimentar e os apoios de parceiros internacionais. Os resultados divulgados hoje resultam de uma avalia��o conjunta do Fundo das Na��es Unidas para a Alimenta��o (FAO), do Comit� Inter-Estados de Luta Contra a Seca do Sahel (CILSS), do Programa Alimentar Mundial (PAM) e do Ministério do Ambiente, Agricultura e Pescas. Em Janeiro e Março de 2003 far-se-�o outras avalia��es. Para minimizar os problemas dos ciclos de maus anos agr�colas, o governo de Cabo Verde quer pôr em pr�tica um programa de reestrutura��o da agricultura, através de uma gestáo integrada dos recursos h�dricos, da introdu��o de outras culturas, nomeadamente de regadio, e do refor�o da silvo-pastor�cia para o fomento da pecu�ria. De acordo com Madalena Neves, os principais problemas t�m a ver com as zonas semi-�ridas, onde predominam as culturas do milho, feij�o e mancarra (amendoim), muito dependentes da precipita��o. "O Governo j� está a trabalhar na implementa��o de um programa estruturante de reconversão de toda a agricultura pluvial, particularmente na zona semi-�rida", adiantou. Trata-se de um programa de m�dio prazo, mas haver� uma fase de transi��o para responder � situa��o do mau ano agr�cola. Para esse efeito seráo accionados mecanismos integrados no Programa de Luta Contra a Pobreza e de criação de infra-estruturas, através de contratos-programa com autarquias. Pretende-se pôr em pr�tica um plano de ordenamento das bacias hidrogr�ficas e j� h� projectos financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para a ilha de Santiago, destinado �s principais bacias, de Picos e Engenhos. Os trabalhos come�ar�o no in�cio do próximo ano, adiantou Madalena Neves. Na ilha de Santiago seráo igualmente feitos estudos para as zonas de Flamengos e Principal, para aproveitar as �guas das chuvas, através da constru��o de barragens apoiadas t�cnica e financeiramente pela coopera��o Chinesa. Na ilha de são Nicolau avan�ar�o outros projectos de regulariza��o de duas bacias hidrogr�ficas no ambito do Plano Nacional de Desenvolvimento. Ribeira da Torre e Alto Mira são outras zonas onde decorrem estudos para a constru��es de barragens, uma ideia com mais de duas d�cadas em Cabo Verde, a que tem faltado a decisão pol�tica para avan�arem. A primeira barragem para aproveitamento das �guas pluviais será constru�da na ilha de Santiago, mas a ministra escusou-se a divulgar a sua localiza��o, apontando apenas que o custo ascender� a cerca de 2,5 milhões de d�lares. A regulariza��o das bacias hidrogr�ficas e a constru��o das barragens, a par de projectos de capta��o da humidade das nuvens e de reciclagem e reutiliza��o de �guas residuais urbanas, fazem parte do plano integrado de gestáo dos recursos h�dricos, indispens�vel para a reconversão e moderniza��o da agricultura. A mudan�a de culturas de sequeiro por de regadio, ou novas culturas e pecu�ria em certas zonas semi-�ridas, será dinamizada através de projectos modelo, para demonstra��o, a par de ac��es de sensibiliza��o de agricultores e dos alunos das escolas. "Isto não � um projecto do Ministério, � um projecto de Cabo Verde. Vai exigir a participa��o de toda a sociedade cabo-verdiana, porque a maior parte das fam�lias no mundo rural depende da actividade agr�cola, e desenvolve-a nas zonas semi-�ridas", disse Madalena Neves. A reconversão da agricultura � considerada determinante para contornar os "caprichos" da natureza, a baixa e irregular precipita��o que se tem acentuado nos �ltimos anos em Cabo Verde. A pluviosidade, apesar de irregular, foi este ano inferior � de 2001 e fica Também abaixo da média registada nos �ltimos dez anos, adiantou a ministra.
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