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– 04-10-2004 |
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Caça : Federação Portuguesa de Caça quer o fim do terreno livreMontemor-o-Novo, Évora, 03 Out O responsável, que falava à Agência Lusa no dia de abertura do período geral da caça, adiantou que a FENCAÇA vai "fazer tudo o que for possível", através da "movimentação dos caçadores", para que no próximo ano já não exista o chamado "regime livre". "O terreno livre não tem qualquer razão de existir no século XXI, numa Europa civilizada, e os caçadores do terreno livre têm que se integrar nas zonas de caça associativa", acrescentou. Realçou que a partir de hoje, com a abertura geral da caça, "é possível aos caçadores do chamado regime livre destruir tudo o que aparece, para algumas áreas livres, que infelizmente ainda existem". Segundo Jacinto Amaro, a FENCAÇA pretende para o regime ordenado um alargamento da época venatória, para que cada associação possa fazer um planeamento e escolher a melhor data para iniciar o período cinegético. Jacinto Amaro explicou também que a FENCAÇA defende a transformação das zonas de caça municipais em associativas, nas zonas de grande propriedade, e o desenvolvimento das zonas de caça municipais, a norte do Tejo, nas áreas de pequena propriedade, sempre de acordo com os proprietários. O período geral de caça abriu hoje, no ano em que as alterações à lei do sector cinegético estabeleceram, pela primeira vez, datas de abertura diferentes para os caçadores do regime ordenado e para os do regime livre. A partir de hoje, os caçadores do chamado regime livre podem "apontar armas" a espécies como o coelho bravo e a lebre, enquanto os do regime associativo começaram a 19 de Setembro. Para os dois regimes iniciou-se hoje a caça ao faisão, à perdiz e à raposa, entre outras. O decreto-lei 202/04 de 18 de Agosto, que estabelece o regime jurídico da conservação, fomento e exploração dos recursos cinegéticos, desde logo levou os caçadores afectos ao regime não ordenado a pedirem a alteração da legislação. "As licenças têm todas o mesmo valor, as provas documentais também, pagamos todos o mesmo valor, só que infelizmente uns têm mais direitos que os outros", disse Eduardo Biscaia, presidente da Federação Nacional de Caçadores e Proprietários (FNCP). A abertura geral da caça acontece na véspera do Dia do Animal, que se celebra na segunda-feira.
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