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– 05-05-2012 |
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APED: "não � s�rio que se diga que h� margens de lucro de 50%"
Associa��o de Empresas de Distribui��o rejeita estudo do Observatério dos Mercados Agr�colas, por "não ser s�rio, nem rigoroso". O Observatério comparou a diferen�a entre os pre�os de quatro produtos agr�colas – cenoura, pôra-rocha, ma�a e alface – e concluiu que as margens de comercializa��o dos hipermercados atingem os 50%. Num comunicado enviado �s redac��es, a APED afirma que a metodologia usada � "incorrecta, inconsistente, e por conseguinte, leva a leituras erradas e falsas dos seus resultados, o que lhes retira credibilidade". O Observatério foi criado pela Assembleia da República para publicar informações que permitam analisar a evolu��o dos mercados agr�colas e da balan�a agro-alimentar. além de formular propostas de pol�ticas de controlo e fiscaliza��o das importa��es e de promo��o da produ��o nacional. A associa��o que representa marcas como o Pingo Doce ou o Continente salienta que o estudo não incorpora "todos os custos que a distribui��o e outros operadores econ�micos da cadeia alimentar suportam desde que o produto sai do produtor até �s prateleiras das lojas". O Observatério avanãou ontem que o caso mais flagrante onde as margens da distribui��o rondam os 50% � o da alface, com este produto a render apenas 0,38 c�ntimos ao agricultor e � vendido a 1,78 euros. O OMAIAA revela ainda que a cenoura � comprada a 0,32 c�ntimos e vendida a 0,70 c�ntimos. As ma�as são pagas a 0,59 c�ntimos aos agricultores, mas chegam �s lojas a 1,34 c�ntimos. Em declarações � Lusa, a directora-geral da APED – Associa��o Portuguesa de Empresas de Distribui��o, Ana Isabel Trigo Morais, disse que a posi��o da entidade "� de rejei��o destes dados da maneira como estáo trabalhados e das suas conclus�es". Isto porque os dados "não estáo trabalhados, ao que nos parece, de uma forma cientificamente cred�vel, desconhecemos o universo destas amostras e os dados que foram utilizados". Em segundo lugar, "não � s�rio, não � rigoroso e não � transparente que se publiquem dados desta natureza que confundem margens brutos com margens l�quidas e com lucros. � uma total inversão e utiliza��o abusiva de um conjunto de dados que foram apurados", salientou a directora-geral da entidade que representa o sector dos hipermercados e supermercados. Ana Isabel Trigo Morais salientou que não � poss�vel calcular margens de comercializa��o através do pre�o de venda de um produto num retalhista, fazendo depois uma subtrac��o ao pre�o que o agricultor vendeu o bem. Toda a cadeia de valor e circuito desde a produ��o de um produto até �s suas prateleiras, adiantou, t�m um longo caminho a percorrer e "h� um conjunto de consumos que são custos quer t�m de ser suportados por toda a cadeia, não s� pelos retalhistas, mas Também por todo o processo de transforma��o", que inclui custos das embalagens, da energia, da rede frio que garante a frescura dos alimentos, da log�stica, dos recursos humanos. Estes custos "estáo absolutamente ignorados neste estudo", salientou Ana Isabel Trigo Morais. além disso, os produtos analisados são da categoria "hortofrut�cola", os quais sofrem "uma grande quebra entre a produ��o e as lojas nos supermercados porque os produtos se v�o deteriorando". O custo de quebra, ou seja, os produtos que se estragam ao longo da cadeia, � Também um factor que deve ser inclu�do para se deduzir a margem. O estudo tem "falta de rigor e de transpar�ncia e logo não tem nenhuma conclusão que se possa considerar leg�tima", salientou. "não � s�rio que se diga que h� margens de 50 por cento. No final da linha, o [estudo] vem � confundir, intoxicar a opini�o pública com informações que não são cred�veis e prejudicando um sector que tem neste momento tido a capacidade de transferir para o consumidor propostas de valor adequadas ao contexto que as fam�lias estáo a Ana Isabel Trigo Morais lamentou que "não haja um instrumento s�rio, transparente e cred�vel que não fa�a a monitoriza��o". Por isso � que "a APED esta a trabalhar com o Governo, nomeadamente com o ministério da Agricultura e o ministério da Economia para a criação de um mecanismo que produza dados estatésticos que sejam rigorosos e que nos permitam criar indicadores", adiantou. "não podemos considerar este estudo s�rio sobre o que � cadeia" de valor, salientou. "Lamentamos que o Observatério se tenha disponibilizado a tornar público uma informação que � errada. � um aproveitar muito pouco s�rio de um tema que tem andado muito na agenda pública", concluiu. Fonte: Lusa / Económico
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