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– 11-03-2005 |
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Angola : Produção artesanal de carv�o e lenha está a destruir florestasLuanda, 10 Mar "Se verificarmos o n�mero de pessoas que regressaram �s suas zonas de origem, os hectares de mata que são limpos e a quantidade de cami�es que entram diariamente em Luanda carregados com carv�o e lenha, devemos dizer que, de facto, esta � uma preocupa��o", afirmou o director-geral do IDF, Tom�s Caetano. Segundo este respons�vel, o problema da destrui��o das matas para produzir carv�o e lenha, que apenas afectava as zonas florestais nas imedia��es das grandes cidades, alastrou, na sequ�ncia do fim do conflito armado, a áreas que estavam inacess�veis. A situa��o torna-se ainda mais grave porque as t�cnicas rudimentares que são utilizadas no fabrico do carv�o apenas permitem aproveitar cerca de 20 por cento da lenha que � queimada para produzir aquele produto. Para melhorar o aproveitamento da madeira utilizada no fabrico do carv�o, o IDF lanãou um projecto-piloto na prov�ncia do Bengo que permite, através de t�cnicas mais modernas, aproveitar até 90 por cento da lenha. Segundo Tom�s Caetano, o IDF pretende agora "divulgar essas t�cnicas" para promover um melhor aproveitamento da madeira que � utilizada para produzir carv�o. Por outro lado, o IDF pretende desenvolver a explora��o de madeira em Angola, j� que os actuais 40 mil metros c�bicos produzidos anualmente são um valor considerado muito baixo para as potencialidades do país. "Estamos a produzir apenas 10 por cento daquilo que � poss�vel em termos sustent�veis para a produ��o de madeira", afirmou. Actualmente, a produ��o de madeira em Angola tem maior incid�ncia nas prov�ncias do Bengo, Cabinda, Cuando Cubango e U�ge, num total de cerca de duas dezenas de empresas. Para permitir um aumento da produ��o, o IDF está a estudar a criação de um novo modelo de concess�es, com uma dura��o de 20 ou 30 anos, que substituirá as licen�as anuais actualmente em vigor. "Este programa implica uma inventaria��o das parcelas, para sabermos o tipo de �rvores existentes, os volumes de abate e as tecnologias a utilizar, além da defini��o de programas de reflorestamento", salientou Tom�s Caetano. Para o director-geral do IDF, a aplica��o do novo programa obrigar� a "um maior compromisso do concession�rio" e, consequentemente, permitirá "aumentar o controlo do Estado". As estimativas do IDF apontam para uma produ��o de madeira de cerca de 500 mil metros c�bicos por ano, que, ainda assim, deixar� Angola longe dos volumes de produ��o de países como a República do Congo, o Gab�o ou a Guin� Equatorial, que produzem anualmente cerca de dois milhões de metros c�bicos de madeira. A aplica��o do programa de desenvolvimento da produ��o de madeira implica Também a actualiza��o da legisla��o do sector, a maior parte da qual foi elaborada antes da independ�ncia de Angola, estando, por isso, desactualizada. Por outro lado, � necess�rio ter um conhecimento mais real das actuais áreas florestais angolanas, j� que os �ltimos estudos, que apontavam para uma área global de 53 milhões de hectares, foram Também realizados h� mais de 30 anos. Nesse sentido, o IDF pretende iniciar ainda este ano um programa de inventaria��o das florestas de Angola, o que permitirá saber que tipo de florestas existem, quais as suas áreas e qual o estado em que actualmente se encontram. O projecto, que está a ser negociado com o Fundo para a Agricultura e Alimenta��o (FAO) das Na��es Unidas, prev� o recurso a sistemas modernos de fotografia por satélite e a posterior elabora��o de mapas das florestas Também com recursos a satélites. "S� assim poderemos verificar a evolu��o que teve a floresta angolana de 1975 até hoje", salientou Tom�s Caetano.
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