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– 31-03-2005 |
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Ambiente: Rios são o ecossistema em pior estado em PortugalLisboa, 30 Mar O relatério dos cientistas portugueses, cujos dados preliminares foram hoje apresentados, enquadra-se no ambito da Avalia��o dos Ecossistemas do Mil�nio, o maior estudo jamais realizado sobre o estado ambiental do planeta e que envolveu mais de 1.300 especialistas de 95 países. O estudo abrangeu todo o territ�rio portugu�s e considerou os seguintes ecossistemas: marinho, ilhas, costeiro, �guas interiores, floresta, montanha, cultivado e urbano, além do montado, uma área florestal caracterástica da Pen�nsula Ib�rica e constitu�da sobretudo por sobreiros e azinheiras. Foram Também analisadas duas bacias hidrogr�ficas (Mira e Mondego) e quatro estudos de caso a nível. local. A equipa, liderada pelos investigadores Henrique Pereira e Tiago Domingos, concluiu que "o estado dos ecossistemas � muito vari�vel, com as �guas interiores tendo mais problemas do que qualquer outro sistema". "O sistema semi-�rido de montado tem um desempenho bastante bom", contrariando as tend�ncias que se verificam a nível. internacional nas zonas secas, considerou. O documento refere que "com excep��o de alguns problemas localizados", incluindo a grande varia��o intra e inter-anual da precipita��o, não existem problemas cr�ticos de fornecimento e procura de �gua em Portugal, mas "existem problemas s�rios de qualidade da �gua. V�rios aqu�feros subterr�neos localizados em zonas de agricultura intensiva apresentam problemas de polui��o de nitratos e intrus�es salinas (Algarve, Tejo-Sado, Aveiro, Mondego, Beja, Caldas da Rainha, Escusa e Campo Maior). além disso, "v�rios rios estáo fortemente polu�dos devido a actividades industriais, agr�colas e dom�sticas". Por outro lado, o aumento da área florestal total que se verificou nas últimas d�cadas não teve um impacto significativo na capacidade das florestas para fornecerem �gua, porque foi contrabalan�ado pela maior frequ�ncia dos fogos e pelo aumento da plantação de eucaliptos. Os especialistas conclu�ram que as grandes altera��es dos ecossistemas em Portugal nos �ltimos 50 anos foram promovidas essencialmente pelo regime de fogo, as mudan�as no uso do solo, incluindo abandono das terras agr�colas, florestação e urbaniza��o, a Pol�tica Agr�cola Comum, os mercados globais e o crescimento econ�mico. A avalia��o portuguesa incidiu no efeito destas altera��es sobre os serviços de ecossistemas, ou seja, os benef�cios que se obt�m a partir dos ecossistemas como a alimenta��o, a �gua, a regula��o do clima e de doen�as ou as oportunidades de lazer e o valor cultural da paisagem. além das situa��es de polui��o nos aqu�feros, as altera��es das últimas d�cadas fizeram diminuir significativamente a área agr�cola a favor da urbaniza��o. "Em 2015, todos os solos agr�colas de qualidade da área de Lisboa teráo sido ocupados", estimam os autores do estudo. Na floresta verificou-se uma expansão acentuada da área de eucalipto, substituindo áreas agr�colas ou de pinhal ardido. Dos serviços de ecossistemas analisados pelos investigadores, cerca de 70 por cento estáo em estado mau ou sofr�vel. A biodiversidade e a protec��o do solo são os serviços em pior estado, destacando-se pela positiva a produ��o de alimentos, a madeira e a corti�a. O estudo salienta que os cortes anuais de �rvores para fornecimento de madeira são aproximadamente iguais ao crescimento anual da produ��o e que o processo de produ��o da corti�a (matéria-prima cuja produ��o mundial prov�m em mais de 50 por cento do montado portugu�s) tem elevada sustentabilidade ecol�gica. A avalia��o portuguesa, destinada a um conjunto de utilizadores que inclui organismos da administração central e local, organizações não governamentais (ONG) e entidades privadas foi iniciada em Maio de 2003 e vai terminar quando for publicado o relatério principal em finais de 2005. A apresentação dos primeiros resultados da Avalia��o dos Ecossistemas do Mil�nio, estudo de avalia��o cient�fica internacional promovido pelas Na��es Unidas, que equaciona os cen�rios para os próximos 50 anos em Portugal e no Mundo, teve hoje lugar em Lisboa e noutras oito cidades mundiais (Pequim, T�quio, Londres, Nova Deli, Nairobi, Bras�lia, Cairo e Washington). A sessão, que decorreu no Instituto Superior T�cnico, foi presidida pelo secret�rio de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, e teve interven��es dos professores Henrique Pereira e Tiago Domingos e de Isabel Guerra, auditora de Ambiente do Ministério das Obras Públicas.
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