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– 07-02-2004 |
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Alqueva : Ao fim de dois anos a encher, albufeira armazena dois terços do totalBeja, 07 Fev O enchimento actual, na ordem dos 2650 hectómetros cúbicos, corresponde a 64 por cento do volume total de água que Alqueva vai comportar e que, em comparação, significa mais do dobro do volume da albufeira de Castelo de Bode (que pode armazenar 1.200 hectómetros cúbicos), no rio Zêzere. "Neste momento, faltam 1.500 hectómetros cúbicos para a albufeira atingir o total de armazenamento de água (4.150 hectómetros cúbicos)", adiantou à agência Lusa o porta-voz da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA), Carlos Silva. Actualmente, um pouco acima da cota 144 (vai encher à máxima de 152), a albufeira conta também com cerca de 170 quilómetros quadrados de área, de um total de 250 quilómetros quadrados previstos e que a tornarão no maior lago artificial da Europa. A cerimónia de fecho das comportas da barragem de Alqueva realizou-se a 08 de Fevereiro de 2002, tendo sido presidida pelo então primeiro-ministro, António Guterres. A partir dessa data, o enchimento da albufeira teve início e este domingo completa dois anos, com o porta-voz da EDIA a alertar que a fase final desse processo não vai acontecer "de um dia para o outro". "O enchimento tem sido lento, porque não tem chovido muito e, por isso, as afluências são reduzidas. Quando se diz que faltam 1500 hectómetros cúbicos para atingir o armazenamento total parece que vai ser rápido mas, agora, a albufeira vai ter que alargar, mais do que crescer em altura", explicou. Constituindo já o maior lago artificial do país, não só em volume de água armazenado mas também em área, Alqueva recebeu, só em 2002, depois do fecho das comportas, a visita de um milhão de pessoas, afluência que diminuiu no ano transacto. "Em 2003, recebemos menos pessoas, como era previsível, mas, ainda assim, organizámos visitas para cerca de quatro mil pessoas, integradas numa centena de grupos oriundos de Portugal, Espanha, Inglaterra, Roménia, Finlândia, Itália, Áustria. Isto sem contar com os visitantes de fim-de-semana, que vêm espreitar a barragem", disse. Em relação às valências de Alqueva, que fazem o projecto ser estruturante para o desenvolvimento do Alentejo, a reserva estratégica de água já é uma realidade mas, por enquanto, dois anos após o fecho das comportas, a rega ainda é uma ambição adiada. O primeiro bloco de rega, inserido na denominada Infra-estrutura 12, no perímetro de rega de Odivelas, Ferreira do Alentejo, foi inaugurado em Março de 2002, para regar os primeiros milhares de hectares, mas, devido a fissuras e outros problemas estruturais no canal adutor principal, só deve começar a funcionar no próximo mês. "Os trabalhos de reparação do primeiro troço, com 6,5 quilómetros de extensão, que era o que tinha mais problemas, estão a decorrer desde Dezembro e o canal foi revestido com uma tela própria. Os outros dois troços só necessitaram de reparações pontuais para tapar fissuras", explicou Carlos Silva. A empreitada está "praticamente concluída" e a infra-estrutura deverá estar apta para levar água às 649 bocas de rega instaladas "já a partir de Março", decorrendo, neste momento, "ensaios reais" para verificar como é feita a irrigação dos novos 5.900 hectares do perímetro de Odivelas. Ainda no que respeita às infra-estruturas primárias de rega de Alqueva, os projectos e concursos têm sido lançados "dentro dos prazos previstos", segundo garantiu Carlos Silva, assumindo 2004 como "o ano de arranque efectivo dessas obras". As três barragens dos Álamos e respectivos canais adutores, bem como a barragem do Loureiro, consideradas peças-chave para permitir conduzir a água de Alqueva para Alvito (para abastecer o perímetro de rega de Odivelas) e Monte Novo (para os regadios a criar no distrito de Évora), são alguns dos projectos cujos concursos foram lançados em 2003. O objectivo da empresa gestora do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva passa por concluir as ligações entre Alqueva e as barragens do Monte Novo e Alvito "em 2006", bem como a ligação entre a albufeira de Alvito e a de Pisão (concelho de Beja) "em 2007". No que concerne à central hidroeléctrica de Alqueva, depois de uma primeira fase de ensaios, o grupo II de geradores está a produzir energia para a Rede Eléctrica Nacional (REN) em regime experimental. "Já produziu cerca de seis mil megawatts para a REN, enquanto o grupo I irá entrar em produção na Primavera", disse Carlos Silva, explicando que a energia segue através da sub-estação de Alqueva e, daí, para a sub-estação de Ferreira do Alentejo, que a distribui para a região. A central hidroeléctrica do empreendimento está dotada de duas turbinas/bomba com 120 megawatts (MWh) de potência cada uma, tendo capacidade para produzir, quando estiver perfeitamente operacional, em ano médio, cerca de 460 GWh/hora (gigawatts/hora), ou seja, o equivalente à energia necessária para abastecer uma cidade de quase 250 mil habitantes. O empreendimento de fins múltiplos, que também aposta no turismo, actividade que tem planos de ordenamento aprovados, obrigou à construção de uma nova povoação para alojar os cerca de 400 habitantes da aldeia da Luz (Mourão) e implicará, até 2025, um investimento total de 1.800 milhões de euros.
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