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– 28-02-2003 |
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Alimenta��o : Frango e peru prestes a "bater asas" da dieta portuguesaLisboa, 27 Fev A Agência Lusa passou uma manh� junto do talho de uma grande superf�cie comercial, na Grande Lisboa, onde testemunhou os receios dos consumidores que, habituados a comer frango e peru, foram confrontados com esta questáo. "J� não sei o que hei-de cozinhar", desabafou Miquelina Ribeiro, 53 anos. Junto aos coelhos previamente embalados, esta escritur�ria lamentou todos os problemas que t�m estragado a reputa��o das carnes. "Primeiro foram as vacas e a BSE, depois a febre aftosa nos porcos e, agora, os antibi�ticos nos frangos. Sobra o peixe…", disse Miquelina, sem se lembrar do merc�rio que amea�a esta esp�cie aqu�tica. Os receios desta consumidora são maiores quando se lembra dos netos. "Tenho dado frango aos mi�dos porque pensava que era uma carne saud�vel. Agora, vou ter de alertar a minha filha". � que "os adultos são uma coisa, as crian�as são outra", justificou, enquanto abanava a cabe�a perante o cen�rio de carnes brancas que hoje teimavam em diminuir nos escaparates. Coincid�ncia ou não, durante a manh� nem um único frango foi vendido ao balc�o do talho desta grande superf�cie comercial. Mas talvez a promo��o das carnes vermelhas seja a grande respons�vel pelo insucesso das aves. Certas são as d�vidas levantadas pelas habituais consumidoras de frango e peru. Como Maria Jos� Roque Gameiro, 57 anos. Esta m�dica gosta essencialmente de bifes de peru e de frango do campo. Por isso, foi com bastante apreensão que quarta-feira ouviu falar da presença de nitrofurano na produ��o de frangos, perus e codornizes. Sempre pensou que, principalmente o frango do campo, era mais seguro. "Afinal, � tudo a mesma coisa", disse, lembrando que, j� depois do susto da BSE, a carne de vaca passou a ser um alimento preterido, pelo frango, precisamente. Maria Jos� Roque Gameiro não vai desistir de comer frango. Por agora, até que se saiba mais pormenores sobre as subst�ncias encontradas nos animais, opta pelas pernas do frango, j� que as asas e as partes vermelhas são mais expostas ao efeito da subst�ncia proibida. Menos preocupada está Maria Ant�nio Tavares, 53 anos. Enquanto manuseia duas embalagens de panadinhos de frango, vai afirmando peremptoriamente: "O que me preocupa � a fome. H� milhões de pessoas que preferiam comer carne com subst�ncias proibidas do que não comer nada". Mas sempre l� vai lamentando que a �nica carne que come se apresente neste estado. E critica essencialmente que, existindo tantos produtores, não sejam conhecidos os que utilizaram os antibi�ticos. "Se eu soubesse quais as empresas que usaram produtos ilegais eu deixaria de comer essa carne e optaria, mais descansada, pelas outras", explicou. Mas isso, para j�, não � poss�vel. E como "as pessoas t�m que comer", garante puxar pela imagina��o e ir comendo "sem pensar no assunto". As aves – principalmente o frango – são das carnes mais consumidas pelos portugueses, principalmente devido ao seu pre�o que, por quilo, � menos de metade do custo das carnes vermelhas. No entanto, segundo o Instituto Nacional de Estatéstica (INE), entre 1989 e 2001 o consumo per capita de carnes brancas cresceu menos do que o das carnes vermelhas.
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