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– 23-10-2005 |
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Algarve: Pomares de citrinos transformam-se em terras de alfarrobaFaro, 23 Out � um movimento gradual, mas regista-se um pouco por toda a regi�o, excepto na zona montanhosa onde Também não h� citrinos, contou � Agência Lusa Jos� Filipe, da Associa��o Interprofissional para o Desenvolvimento de Produção e Valoriza��o da Alfarroba (AIDA). A alfarrobeira � uma �rvore de grande porte que necessita de menos �gua, menos cuidados intensivos, garante pre�os sustent�veis e afasta os inc�ndios das redondezas, pois tem sempre agricultores por perto dos pomares a tomar conta das alfarrobas, explica Manuel Caetano, especialista nesta esp�cie de sequeiro. Manuel Caetano, conhecido na ind�stria mundial alfarrobeira por "Mister Alfarroba", � director da Danisco (antiga Indal), que h� cerca de um ano se converteu numa multinacional de transforma��o de sementes de alfarroba, com sucursal em Faro e sede na Dinamarca e que exporta todo a sua produ��o para a Europa, China, Jap�o e EUA. Ao contrário das laranjeiras, que necessitam de muita �gua, as alfarrobeiras conseguem viver saudavelmente com 250 mililitros de �gua por ano e mesmo em períodos de seca severa ou extrema mant�m ou até aumentam a produ��o. Este ano, a produ��o subiu de 35 mil toneladas para quase 40 mil toneladas. A alfarroba, Também designada por "chocolate saud�vel" por ter um baixo teor de gordura, � igualmente mais lucrativa: um quilo vale no mercado 120 escudos (60 c�ntimos) e um de laranja está a 40 escudos (20 c�ntimos), referiu o "Mister Alfarroba". No Algarve h� apenas duas f�bricas de transforma��o da semente de alfarroba, a Danisco e a Victus Industrial Farense, e quase toda a sua produ��o � para exportação. A semente de alfarroba � utilizada em várias ind�strias, como a farmac�utica (para dar forma a alguns comprimidos), a cosm�tica (quanto mais os cremes forem hidratantes, mais goma da semente de alfarroba t�m, o chamado E410, que absorve a �gua), a alimentar (como aditivos para pudins, papas de beb� e estabilizantes de gelados), a t�xtil e do papel. "Portugal fica apenas com cerca de cinco por cento da produ��o de sementes de alfarroba que � aproveitada para as f�bricas dos gelados da Ol� e da Nestl�", adiantou Isaurindo Chorondo, gerente de A Industrial Farense, uma f�brica fundada em 1944 e que numa primeira fase se dedicou exclusivamente ao fabrico de ra��es para animais. A polpa da alfarroba – 90 por cento do peso do fruto – � aproveitada para do�aria variada como bolachas e bolos, licores, xarope, p�o e alimenta��o dos animais. O aproveitamento deste produto tradicional algarvio está a ser valorizado pela pr�pria Direc��o Regional de Agricultura do Algarve (DRAAlg), que confirmou � Lusa que o nível. de plantação na regi�o está em expansão. Estima-se que existam hoje 93 mil hectares de alfarrobeiras na regi�o (mais 15 mil que h� uma d�cada): 13 mil de pomar ecol�gico, 15 mil de pomar industrial e 65 mil em pomar misto, ou seja convivendo com outras �rvores, nomeadamente amendoeiras, referiu David Mousinho, engenheiro da DRAAlg. Portugal � o terceiro produtor mundial de alfarroba – os primeiros são os espanh�is e os terceiros os marroquinos – mas o aumento de produ��o nos �ltimos dez anos pode levar o Algarve a conquistar uma agricultura sustent�vel e transformar o Pa�s no segundo produtor de alfarroba do mundo. Com os apoios europeus, nomeadamente através de subsídios e do "Projecto aos frutos de casca rija e alfarroba", a produ��o pode aumentar, defende Manuel Caetano.
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