Partilhar informação, ganhar escala e internacionalizar potencialidades do setor
Dar a conhecer a importância ambiental, territorial, económica e social do sistema de produção pecuária em extensivo, refletir sobre as suas práticas e desafios, as mais-valias para a preservação da biodiversidade e de ação contra incêndios, assim como o alargamento dos circuitos de comercialização dos produtos, são alguns dos propósitos do I Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva, a decorrer em Sevilha a 8 e 9 de Novembro.
Realizado à escala ibérica, o Congresso tem como objetivos abordar potencialidades, oportunidades, constrangimentos e desafios que são comuns a ambos os lados da fronteira. Conta com a participação de um leque alargado de especialistas conceituados em diversas áreas, desde a sanidade animal, passando pela ação ambiental e territorial do montado/dehesa, até à comercialização. Da ACOS vão participar o Presidente, Rui Garrido, que vai estar na sessão de abertura, assim como o Vice-Presidente Miguel Madeira e o Diretor-Geral, Claudino Matos, que estão integrados no painel da Produção Pecuária.
Tendo em conta os propósitos do Congresso, e já a desenvolver trabalho de promoção e dinamização dos produtos agroalimentares de qualidade de excelência, a ACOS, entidade co-organizadora, vai levar a Sevilha uma comitiva de cerca de 70 pessoas, entre associados e investidores. O objetivo é gerar dinâmicas de internacionalização agro-alimentar dos produtos de excelência da região do Alentejo, oriundos do montado. A iniciativa, inserida no projeto Alentejo Export, consiste na exposição e prova de produtos de origem animal e vegetal, de reuniões de negócios e sessões personalizadas de esclarecimento. O AgroAlentejo Export é um projeto alargado de dinamização e promoção do potencial agroalimentar do Alentejo. Entre os parceiros destacam-se a ACOS e os núcleos empresariais do Alentejo (Beja, Évora e Portalegre), sendo que o chefe de fila é o Núcleo Empresarial da Região de Évora.
O Congresso Luso-Espanhol vai destacar a importância do montado português e a dehesa espanhola como habitats únicos no mundo, que importa reconhecer e salvaguardar. Por esta razão juntaram-se, na organização do evento, entidades de ambos os lados da fronteira para ganhar dimensão tanto de trabalho conjunto, como de capacidade reivindicativa junto dos decisores políticos nacionais e comunitários, com especial importância nesta fase determinante do delineamento da Política Agrícola Comum pós 2020.
Da organização fazem parte a ACOS, a União dos Agrupamentos de Defesa Sanitária (ADS) do Alentejo, as cooperativas agroalimentares da Andaluzia