Os Serviços Florestais dos Açores estão a acompanhar e a investigar as causas do aparecimento esta semana de alguns coelhos mortos no concelho da Lagoa, na Ilha de São Miguel, “sendo prematuro, nesta fase, falar em novo surto de febre hemorrágica“, revela uma nota de imprensa do Executivo Regional.
“Neste momento, o trabalho que está a ser levado a cabo visa perceber se o número de animais encontrados mortos vai aumentar de forma significativa e, em caso positivo, em que zonas”, realça a mesma nota.
Paralelamente, estão a ser recolhidas amostras para envio para um laboratório no continente, para se apurar se a causa da morte dos coelhos encontrados é ou não a nova variante da doença hemorrágica viral – DHV.
Monitorização dos efectivos populacionais
Além da monitorização permanente dos efectivos populacionais levada a cabo pelos Serviços Florestais, sempre que são detectados coelhos mortos são recolhidas amostras para análise e despiste da doença.
Face aos elementos que disponíveis por agora, “é prematura a tomada de qualquer decisão no que diz respeito à gestão cinegética, uma vez que essa decisão deverá estar dependente dos resultados das análises ou dos resultados da monitorização que está a ser efectuada, no que diz respeito à evolução da detecção de coelhos mortos”, refere o Governo Regional dos Açores.
Enquanto se aguarda pelo resultado das análises, o Governo Regional recomenda aos caçadores que adoptem os comportamentos higio sanitários habituais e evitem o contacto com as zonas onde avistem coelhos mortos.
Nova variante da DHV
A nova variante da DHV chegou aos Açores em finais de 2014, sendo o vírus transmitido por contacto directo entre coelhos doentes, contacto com material orgânico proveniente de coelhos doentes ou através de vectores vivos e de objectos contaminados, podendo os caçadores e os cães de caça funcionar como um meio de disseminação da doença.
Agricultura e Mar Actual