O Santander marcou presença na Agroglobal, a maior feira agrícola do país. Vários parceiros do banco e especialistas do setor reuniram-se para falar sobre internacionalização e sustentabilidade.
A Agroglobal, a maior feira agrícola do país, decorreu entre os dias 5 e 7 de setembro e contou com a presença do banco Santander, que juntou, no dia 6 de setembro, vários especialistas do setor agroalimentar para discutirem sobre temas da atualidade.
A conferência, que se dividiu em duas partes, teve dois painéis de debate, ambos moderados por André Veríssimo, do ECO, que abordaram os seguintes temas: “Apoiar as empresas na internacionalização” e “Sustentabilidade, gestão e otimização de recursos”.
Apesar da internacionalização dos produtos portugueses na Europa, este debate centrou-se, sobretudo, na relação entre Portugal e o Brasil, que, de acordo com Otacílio Silva Filho, decorrem “desde a descoberta do país”. “De investimentos do Brasil para Portugal, do ano passado até agora, passaram literalmente pelas minhas mãos cerca de 40 milhões de euros. E todo esse recurso foi para o setor agropecuário português”, revelou o presidente da Câmara do Comércio e da Indústria Luso-Brasileira, que destacou o vinho e o azeite como produtos muito apreciados pelos brasileiros, mas que “precisam de escala”.
“O azeite e o vinho são vendidos no Brasil através de redes de supermercados. E, no Brasil, existem grandes redes e existem redes menores. Mas, se o empresário português, produtor de azeite ou produtor de vinho, se aproximar dos distribuidores menores, eles vão conseguir vender diretamente. O brasileiro ama Portugal. O brasileiro ama os produtos portugueses. Quando eles veem um bom vinho português e um vinho de outros países, pode ter a certeza que o primeiro olhar carinhoso é para o produto português. O vinho português, apesar de ter muitos impostos no Brasil, consegue debater-se no bom sentido, com vinhos da Argentina, do Uruguai e do Chile, que entram no Brasil com zero de impostos”, explicou.
A “marca Portugal” vende lá fora
A mesma opinião foi partilhada por Pedro Santos, que reforçou o carinho que a “marca Portugal” recebe do povo brasileiro, mas também alertou para a necessidade que existe de os portugueses que exportam para o Brasil irem conhecer melhor o mercado deste país: “Muitos empresários, numa primeira fase, precisam de ir ao Brasil e conhecer, analisar e entrar no mercado de uma forma mais recorrente. Isto porque, o Brasil tem um conjunto de supermercados grandes e pequenos, mas os pequenos são muito maiores do que alguns grandes portugueses. Por isso, quando se pensa no Brasil, é preciso olhar para os vários mercados”.
Por sua vez, Filipe Rosa abordou o negócio das amêndoas Veracruz e deu o exemplo da estratégia de internacionalização, que passa pela participação […]