Ciente de que não existem cenários perfeitos, sendo a própria situação atual do setor vitivinícola português uma prova disso mesmo, Nuno Serra, Secretário-Geral da CONFAGRI, considera que o Ministro da Agricultura e Pescas deve rever o modelo de gestão apresentado para a atual Destilação de Crise.
Tendo acompanhado, de perto, a preocupação da FENADEGAS nos últimos meses em relação aos excedentes de vinho, a CONFAGRI não pode deixar de considerar que a distribuição dos 15.000.000€ autorizados para a Destilação de Crise tem de ser feita de forma mais equitativa e justa, compreendendo as especificidades de cada região e dificuldades dos produtores das mesmas.
Bem avaliada a situação, se é verdade que cada região tem as suas especificidades, também é um facto de que todos os produtores de vinho pagam quotas ao IVV e, como tal, deve haver uma melhor distribuição, ou mesmo aumento, das verbas disponíveis não podendo haver discriminações negativas entre regiões e produtores.
Nuno Serra considera, por isso, que “É urgente encontrar uma solução justa que consiga colmatar os inúmeros prejuízos que todas as regiões vitivinícolas irão sofrer, sem exceção, de forma a abranger as características específicas de cada uma.”.
O Secretário-Geral da CONFAGRI acrescenta, ainda, que “No quadro financeiro em que o valor de 15.000.000€ autorizado para a Destilação de Crise pode ser majorado em 200% pelo Estado Português, existem condições suficientes e ao alcance do Governo para garantir aos produtores de todas as regiões um valor mais justo e equitativo pelo seu vinho.”
Fonte: CONFAGRI