A biomassa agr?cola como fonte de biocombust?veis

A biomassa agrícola, como fonte de biocombustíveis, tem vindo a assumir uma importância crescente na obtenção de energia.

Um relatório da OCDE, denominado "Biomassa e agricultura: sustentabilidade, mercados e políticas", publicado neste mês de Setembro, demonstra a atenção que os especialistas internacionais dedicam a esta matéria. Nele, é acentuada a necessidade de uma progressiva substituição do modelo económico actual, assente nos combustíveis fósseis, por outro que privilegie a utilização de biomassa.

A Comunidade Europeia já reconhecera esta tendência ao publicar a Directiva 30/2003, que estabelece que os "estados-membros deverão assegurar que seja colocada nos seus mercados uma proporção mínima de biocombustíveis e de outros combustíveis renováveis".

Entre diversos materiais orgânicos (ver caixa), o relatório da OCDE salienta os cereais como matéria-prima para produção de bioetanol, referindo que "o bioetanol, produzido a partir de açúcar e de cereais, não exige mais do que uma ligeira modificação nos motores actuais para que seja utilizado e afigura se de exploração mais fácil no sector dos transportes, do que outros carburantes/combustíveis, nomeadamente do que o hidrogénio.

O relatório, entre outras recomendações, também salienta a importância do respeito pelas boas práticas agrícolas e tecnológicas na produção e utilização de biomassa.
No nosso País, as boas práticas agrícolas estão consagradas nos códigos publicados e são condição de acesso aos apoios ao sistema cerealífero de sequeiro, cuja produção poderá ser utilizada como matéria-prima para bioetanol.