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– 09-10-2009 |
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A�ores: Vencida a prova da qualidade dos vinhos, falta dimensão para visibilidade no mercadoA produ��o vin�cola a�oriana declarada ultrapassa os 1,5 milhões de litros por ano, mas o volume de vinho certificado anualmente nas ilhas não tem ido além 300 mil litros, penalizando a sua visibilidade no mercado. Dados fornecidos � Agência Lusa pela Comissão Vitivin�cola Regional (CVRA) indicam, por�m, que a produ��o de vinhos certificados assiste a um crescimento continuado nas ilhas, sobretudo a partir de 2004, quando foi criada a categoria de Vinho Regional A�ores. Antecedido de uma fase experimental de castas que se prolongou por v�rios anos, o processo de certifica��o dos vinhos a�orianos que abriu caminho ao sucesso de marcas como o Terras de Lava, Lagido, Pedras Brancas, Frei Gigante e Verdelho dos Biscoitos, come�ou em meados da d�cada de 90, com a criação simult�nea de zonas demarcadas no Pico, Graciosa e Terceira e da CVRA. Paulo Machado, t�cnico da Comissão Vitivin�cola Regional, está convencido de que esse processo foi determinante para a gradual substitui��o, a que se tem vindo a assistir, de vinhedos de uvas de "cheiro, introduzidas no arquip�lago devido a uma praga de atacou especialmente as castas de verdelho. Fatal para a fama e qualidade do vinho a�oriano, que nos seus tempos de gl�ria chegou a ser servido na corte russa e no Vaticano, a praga determinou o alastramento a quase todas as ilhas do predom�nio do "vinho de cheiro", ainda hoje simbolicamente servido nas principais festas populares da Regi�o, em louvor do Divino Espôrito Santo. Pico, cujos currais de vinha levaram � sua classifica��o pela UNESCO como Patrim�nio Mundial da Humanidade, foi a ilha que mais cedo abra�ou o processo de reconversão, acompanhada pela Terceira e Graciosa. Paulo Machado e Ernesto Ferreira, presidente da Adega Cooperativa Vitivin�cola do Pico (ACVP), entendem que esta ilha, quer pelo seu patrim�nio quer pelas condi��es especiais que oferece, pode continuar a desenvolver a produ��o vin�cola a�oriana, garantindo-lhe mais qualidade e quantidade. A circunst�ncia da classifica��o recente do Pico como Patrim�nio Mundial pode mesmo servir de justifica��o para a criação de legisla��o espec�fica destinada a estimular a transfer�ncia da passe para novos vitivinicultores de vinhedos que não são explorados nem dados de arrendamento pelos respectivos propriet�rios, considerou Ernesto Ferreira. Implicado desde a d�cada de 80 no processo de reconversão das vinhas do Pico, o presidente da ACVP está convencido de que um diploma com esse objectivo permitiria � produ��o regional de vinhos dar o salto que falta para ganhar visibilidade no mercado exterior, combinando qualidade com quantidade. Apesar da aus�ncia desse estámulo, Ernesto Ferreira reconhece que � irrevers�vel a reconversão dos vinhedos nos A�ores, adiantando, a t�tulo de exemplo, que na colheita desta ano, bom para a produ��o de uvas, a sua adega dever� produzir cerca de 300 mil litros de vinho certificado, num volume global de 550 mil. Este ano verificou-se, de novo, um recuo na produ��o de "vinho de cheiro", acrescentou, garantindo que os vinhos dos A�ores j� oferecem qualidade e pre�os competitivos. Uma opini�o partilhada por Paulo Machado, defensor da ideia de uma �ntima liga��o do vinho a�oriano ao turismo, e pelo presidente da Adega Cooperativa da Graciosa, Jo�o Pincanão, que não acredita que a produ��o vin�cola da "Ilha Branca" regresse a volumes na casa dos 600 mil litros registados na d�cada de setenta. �Produzimos anualmente entre oito a 10 mil litros e este ano deveremos atingir os 12 mil�, referiu o dirigente da produtora do Pedras Brancas. Nos anos mais recentes a produ��o vitivin�cola a�oriana tem registado uma outra Inovação: o surgimento de produtores independentes, sobretudo na ilha de S. Miguel, que a colocam no mercado marcas de especial qualidade. Barrocas do Mar, uma dessas marcas, foi considerado o melhor vinho branco regional dos A�ores, sendo produzido de forma artesanal numa pequena vinha em são Miguel, por um antigo comandante de avi�es. �Isto � quase um passatempo�, afirmou Hermano Ferreira, ex-comandante da transportadora aárea a�oriana SATA, em declarações � Agência Lusa, admitindo nunca ter pensado em vir a produzir um vinho premiado. No primeiro concurso realizado pela Comissão Vitivin�cola Regional dos A�ores para vinhos certificados, o vinho da colheita de 2008 do comandante Hermano Ferreira venceu a Medalha de Ouro, tendo sido pontuado pelo j�ri com 92 pontos em 100. O vinho premiado � cultivado num terreno com cerca de 1.500 metros quadrados, na Ribeira das Tainhas, na costa sul de são Miguel, onde estáo plantadas 460 vides das castas Fernão Pires e Verdelho.
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