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– 08-05-2008 |
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Especula��o campeia nos "mercados" internacionais e agricultores Também são v�timassão necess�rias outras e melhores pol�ticas agr�colas e de mercadoDe facto, de h� algum tempo a esta parte que se regista forte especula��o com os pre�os "de refer�ncia" nos mercados internacionais de produtos como o Milho, o Trigo, a Soja, o Arroz.. Situa��o que d� pretexto aos aumentos do pre�o do P�o, do Leite, das Farinhas, do Arroz, e aos aumentos dos pre�os das ra��es para o gado. A forte especula��o financeira está pois em for�a no "neg�cio agr�cola" onde exerce a sua ac��o muito especialmente através da Bolsa de Chicago e de certos tr�mites da OMC, Organiza��o Mundial do Com�rcio. S� por si, esta especula��o provoca instabilidade e subverte qualquer rela��o mais objectiva entre o justo valor da mercadoria – cereais e proteaginosas – e o respectivo pre�o de refer�ncia nos mercados internacionais mais concorridos. Actualmente, acresce a "corrida" especulativa para a utiliza��o de Milho e de algumas oleaginosas no fabrico dos agro-combust�veis. Ao mesmo tempo, a União Europeia tem estimulado fortemente o abandono da Produção com as ajudas previstas para as modalidades do "poisio" (terras fora de cultivo) e com o desligamento das Ajudas da Produção e em Portugal essas m�s pol�ticas até t�m sido antecipadas por v�rios Governos. No contexto europeu, ainda pesa negativamente o chamado "Acordo de Blair-House" celebrado entre a União Europeia e os EUA em 1994. Nesse acordo, recorde-se, a UE cedeu em conceder ajudas apenas até ao máximo de 500 mil hectares de oleaginosas/proteaginosas (nomeadamente Soja), plantados em solo europeu. Isto significou que os EUA ficaram, até h� pouco tempo, numa posi��o extremamente vantajosa na produ��o e no com�rcio internacional da prote�na vegetal para os concentrados de ra��es e que a UE aceitou ficar "ref�m" dessa situa��o. Saliente-se que a alimenta��o animal e a correspondente produ��o e com�rcio das ra��es concentradas, por assim dizer, t�m sido o "n�cleo duro" das pol�ticas agro-alimentares � escala internacional. No contexto, hoje, nem sequer está a ajudar a deprecia��o, Também ela especulativa, do D�lar face ao Euro pois países fora da Europa, sobretudo a China, estáo a comprar as componentes dispon�veis para as ra��es do gado. AGRICULTORES Também são V�TIMAS Enquanto não são divulgadas as causas mais profundas das subidas de pre�os – incluindo dos pre�os no consumo – a opini�o pública está a ser manipulada para acreditar que os Agricultores � que são quem mais ganha com a situa��o. Ora, não � nada disso que realmente se está a passar. Sendo verdade que, em geral, os pre�os dos Cereais subiram na produ��o sobretudo no �ltimo ano e que se mant�m em alta, a verdade � que, em 1992, um quilo de Milho ou de Trigo era ent�o pago pela Ex-EPAC aos Agricultores Portugueses na base de 52$00 / Kg, portanto a 26 c�ntimos, acima mesmo do valor que hoje tem no mercado e que ronda os 25 c�ntimos / Kg ! Ou seja, durante quinze anos seguidos � que foram dr�sticas as baixas dos pre�os dos Cereais na produ��o e, ultimamente, assiste-se a uma recupera��o mas apenas relativa dos pre�os na produ��o. Ao mesmo tempo, e comparativamente, aumentaram para o dobro e mais os pre�os da maioria dos factores de produ��o, como o gas�leo, os adubos e ra��es, o que, de facto, acaba por estrangular financeiramente as Explora��es Agr�colas Familiares. Também não se justificam os grandes aumentos no pre�o do P�o e as constantes "amea�as" para novos aumentos, sabendo-se que, por exemplo, a farinha de Trigo nem 10% representa no peso/custo final do P�o de Trigo, no consumo. OUTRAS E MELHORES POL�TICAS AGR�COLAS E DE MERCADOS Para inverter estas nefastas tend�ncias, são necess�rias outras e melhores pol�ticas agr�colas e de mercados, com : — Ajudas ligadas ao máximo � Produção, embora "moduladas" (reduzidas por escal�es ) e "plafonadas" ( com tectos ou limites máximos por Agricultor); — Apoios públicos significativos aos Mercados Locais e Regionais; — O grande aumento da área plantada, com Ajudas, de Proteaginosas e Cereais – não-transgúnicos – em solo Europeu e Também em Portugal; — A travagem da "corrida" especulativa aos agro-combust�veis, dando-se toda a prioridade � produ��o de cereais para consumo humano e animal; — O combate � especula��o com os pre�os no consumo; — A sa�da da Agricultura e da Alimenta��o da OMC, Organiza��o Mundial de Com�rcio. … Coimbra, 8 de Maio de 2008 A Direc��o Nacional da C N A
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