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– 01-11-2003 |
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�frica do Sul : Irm�os portugueses eleitos agricultores do anoJoanesburgo, 31 Out Manuel e Jo�o Costa, respectivamente de 52 e 48 anos, j� nasceram na �frica do Sul, filhos de um emigrante madeirense que, em 1935, trocou a Ponta do Pargo pelo sonho de um futuro melhor para os seus, no continente africano. O rancho "Manjoh", que mereceu hoje a distin��o dos produtores cereal�feros sul-africanos, come�ou por ter 1.096 hectares em 1985, estendendo-se hoje por 5.674,4 hectares, onde se pratica o cultivo rotativo e se colhe anualmente uma média de 15 mil toneladas de milho, 1.200 toneladas de feij�o e um volume não quantificado de pastos. Mas a menina dos olhos destes portugueses � a criação e engorda de vacas, iniciada em 1988 com apenas 25 animais e que envolve actualmente 15 mil cabe�as. Na explora��o de engorda, onde os bovinos entram aos oito meses e saem para o matadouro 120 dias mais tarde, estáo actualmente 3.000 vacas. "Este prémio toca-me especialmente pelo que representa para pessoas como os nossos pais, que passaram muito quando para aqui vieram", sublinhou Manuel da Costa � Agência Lusa. "O apartheid (sistema de segrega��o racial que vigorou até 1991) não tocou s� aos negros. N�s, os portugueses, Também �ramos tratados como gente de segunda, olhados de lado, e esse � um facto que as pessoas não falam, muitas vezes por vergonha", sublinhou o mais velho dos dois irm�os. Mas, vergonha � sentimento que Manuel e Jo�o não t�m dos seus pais, do engenho que lhes legaram e dos frutos que estáo � vista no "Manjoh Ranch", onde tudo funciona com uma disciplina, cuidado e precisão regulada por computador. Uma efic�cia que levou os seus pares da regi�o a nome�-los como seus representantes na disputa do prémio nacional hoje atribuído e a que concorreram agricultores das 26 zonas rurais em que se subdivide o territ�rio sul-africano. Em v�speras da decisão final sobre o prémio, a Lusa encontrou-os numa alegria contagiante a coordenar a largada de dezenas de tractores para os campos e a preparar a dieta di�ria de mais de 150 toneladas de ra��o para o gado. Era tempo de rasgar o solo, ap�s a chegada das primeiras chuvas, num ciclo t�o antigo como o do homem, mas sempre "pintado" da magia do renovar da vida. Enquanto os mais de 200 trabalhadores se lan�avam na nova jorna, um bando de flamingos pousava no lago da mansarda m�e da propriedade, sob o olhar de dezenas de zebras, bois-cavalos e impalas, reunidos numa mini-reserva desta fam�lia portuguesa. � que, para quem ama a natureza em geral, e a africana em particular, tudo isto faz parte de um mesmo equil�brio, uma l�gica de vida.
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