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– 16-02-2004 |
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Vinho : Relatório Porter 2 apresenta estratégia para sucesso no Reino Unido e EUAPorto, 16 Fev O trabalho, a apresentar quinta-feira no Porto, é o segundo estudo encomendado à empresa de consultoria estratégica Monitor Group, de Michael Porter, e aponta um plano de marketing para os mercados inglês e norte-americano. Estes mercados foram considerados prioritários pelo primeiro estudo da Monitor, divulgado em Maio de 2003 e que traçou uma estratégia a 10 anos para o cluster do vinho português. A justificação então avançada foi a muito positiva evolução esperada nos mercados de importação americano e britânico, que se espera cresçam cinco vezes mais nos próximos cinco anos do que, por exemplo, o brasileiro. Para além disso, apresentam um maior potencial de consumo de vinhos de qualidade superior. Com a aposta nestes mercados e a concretização de outras recomendações do estudo pretende-se que o sector português de vinho facture mil milhões de euros em 2010, contra os actuais 757 milhões, e que o peso dos vinhos de qualidade nas vendas passe de 17 para 35 por cento. Segundo adiantou à Lusa o presidente da Viniportugal, entidade encarregue da promoção dos vinhos portugueses, o "Porter 2 – Estudo de Estratégia e Marketing – Sector do Vinho 2010" traça pela primeira vez uma estratégia integrada para o sector do vinho. "Apresenta um plano de marketing tipo para os mercados do Reino Unido e EUA que cada empresa pode depois usar, adaptando-o às suas necessidades", explicou Vasco Avilez. Entre as principais recomendações está, segundo revelou à Lusa, a aposta nos vinhos tintos de qualidade, com base nos quais se pretende lançar a produção portuguesa nestes mercados. Igualmente apontada é a necessidade de investir na apresentação do produto (+packaging+) e introduzir melhorias quer ao nível da embalagem, quer do rótulo e da cápsula. "Aqui a qualidade [dos vinhos portugueses] ainda é reduzida", considerou Vasco Avilez, avançando como exemplo testes efectuados nos EUA, em que "vários consumidores afirmaram que não escolheriam aquela garrafa da prateleira". Segundo salientou o presidente da Viniportugal, impõe-se que as empresas portuguesas "dediquem algum do seu capital" à promoção, actualmente relegada para segundo plano. O sucesso das exportações de vinho português para o Reino Unido e EUA passa ainda, segundo a Monitor Group, pela procura de oportunidades em canais de distribuição específicos. A este nível, aconselha-se as empresas portuguesas a "atacar as lojas de retalho", sobretudo com vinhos com preço final entre os oito e os 14 euros, um segmento médio/alto que gera maior valor acrescentado. Especificamente no mercado americano, é apontado um preço alvo médio de nove a 10 dólares, enquanto no inglês este deverá oscilar entre as cinco e as sete libras. Para além destas propostas específicas, a Monitor Group recomenda ainda a rentabilização das vantagens competitivas do sector do vinho português já identificadas no primeiro relatório, nomeadamente a diversidade das castas e o clima. O problema da pulverização das pequenas propriedades e de empresas sem "músculo", mencionado no estudo inicial, deve ser resolvido quanto antes. Nesta área, onde a intervenção do Estado assume papel relevante, Vasco Avilez lamentou o pouco que foi feito desde a apresentação do primeiro relatório Porter, no ano passado. "Em relação ao Porter 1 o Estado tem estado a andar muito pouco", sustentou, assegurando que a Viniportugal, pelo contrário, empreendeu uma verdadeira "cruzada" pelos vinhos portugueses, apesar dos "poucos meios" disponíveis. No mercado alemão, também considerado importante, mas não tão prioritário pela Monitor Group, Vasco Avilez adiantou que no essencial se vai manter a actual estratégia. "Vamos continuar a dar atenção à Alemanha, onde até agora foi aplicada grande parte dos esforços [de promoção], mas já não vai ser a nossa prioridade número um", referiu. De acordo com a Viniportugal, em 2003 as vendas totais de vinhos portugueses para o mercado alemão aumentaram cerca de 12 por cento. Excluindo o vinho do Porto e contabilizando apenas os vinhos de mesa, as vendas aumentaram dois a três por cento.
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