Vindimas: En�logos consultados pela ViniPortugal optimistas para 2010
As condi��es climatéricas da presente campanha 2010 – 2011, caracterizaram-se por um inicio de �poca de chuvas constantes coincidentes com a fase de crescimento vegetativo da videira que de um modo geral contribu�ram para um bom desenvolvimento da planta, seguido de um Ver�o de altas temperaturas e de baixa precipita��o especialmente durante os meses de Julho e Agosto que em algumas regi�es e em alguma castas contribuiu para o aparecimento de escald�o, problemas de stress h�drico e algumas paragens de matura��o. Contudo os en�logos consultados pela ViniPortugal estáo optimistas quanto �s previs�es para 2010 quer em quantidade quer em qualidade.
Prev�-se um aumento de produ��o nacional na ordem dos 13%, quase todas as regi�es vit�colas apresentam previs�es de aumento da produ��o, sendo a regi�o do Tejo a que se destaca com um aumento de cerca de 15%, face a 2009, as maiores perdas concentram-se na regi�o aut�noma dos A�ores com menos 30% de produ��o, seguida da Pen�nsula de Set�bal que apresenta previs�es de menos 16% face a 2009.
Quanto � qualidade, as perspectivas apontam para um ano de boa qualidade com vinhos brancos marcados pela frescura e pelo equil�brio, com boa acidez e uma perspectiva de tintos de boa cor e expressão arom�tica, se as condi��es se mantiverem favor�veis até ao final da vindima.
Campanha Vitivin�cola – 2010/2011
Previs�es de Agosto 2010 (1.000 hl)
Regi�o
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Produção 2009-2010
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média das 5 últimas campanhas
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Previs�es de Produção 2010-2011 comissário
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Volume comissário
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Volume Previsto
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Varia��o em % 2009/2010 comissário
|
Varia��o em % dos �ltimos 5 anos comissário
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Minho comissário
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867
|
835
|
940
|
+ 8%
|
+11% comissário
|
Tr�s-os-Montes comissário
|
111
|
160
|
115
|
+ 3%
|
– 28% comissário
|
Douro comissário
|
1329
|
1520
|
1501
|
+13%
|
– 1%
|
Beiras comissário
|
788
|
974
|
882
|
+ 12%
|
– 9%
|
– D�o
|
294
|
353
|
326
|
+ 11%
|
– 8%
|
– Bairrada
|
238
|
317
|
270
|
+ 13%
|
– 15%
|
– Beira Interior
|
189
|
277
|
216
|
+ 14%
|
– 22%
|
– Restantes Regi�es
|
68
|
93
|
71
|
+4%
|
– 24%
|
Tejo comissário
|
546
|
611
|
628
|
+ 15% comissário
|
+ 3%
|
Lisboa comissário
|
961
|
1064
|
1023
|
+ 7%
|
– 4%
|
Pen�nsula Set�bal comissário
|
378
|
380
|
317
|
– 16%
|
– 17%
|
Alentejo comissário
|
806
|
838
|
871
|
+8%
|
+ 4%
|
Algarve comissário
|
22
|
27
|
20
|
– 12%
|
– 26%
|
Madeira comissário
|
45
|
45
|
40
|
– 11%
|
– 11%
|
Azores comissário
|
14
|
11
|
10
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– 30% comissário
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– 9%
|
Total comissário
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5.868 comissário
|
6.464 comissário
|
6.347 comissário
|
+ 13% comissário
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– 2% comissário
|
Fonte: IVV (CVR�s, IVDP, IP, IVBAM (Madeira); DRACA (A�ores), and other associations of the cluster
Cita��es de en�logos, por regi�o vitivin�cola:
Vinho Verde Ant�nio Luis Cerdeira – CVRVV / Quinta de Soalheiro "Nesta fase do m�s de Setembro em que as vindimas estáo ainda no seu in�cio as perspectivas em termos de quantidade/qualidade são muito boas. Prevejo um ano semelhante a 2009 com um ligeiro acr�scimo de produ��o, mais vincado nas vinhas novas. As temperaturas elevadas conjugadas com uma precipita��o praticamente inexistente durante o m�s de Julho e Agosto contribu�ram para modelar o equil�brio entre os �cidos e os a��cares da uva, uma vez que apesar da diminui��o da acidez não se verificou um aumento correspondente da concentra��o em a��cares, contribuindo para um maior equil�brio nos vinhos da regi�o."
Bairrada Filipa Pato – Filipa Pato Wines "Em rela��o aos brancos será uma colheita excepcional, a maioria j� estáo na adega e apresentam uma riqueza arom�tica e um nível. de acidez excelente. A Baga, casta tradicional da regi�o, este ano apresenta uma produ��o acima da média facto que nos obrigou a reduzir significativamente a produ��o de forma a manter o nível. de qualidade que pretendemos. A nível. de qualidade vai depender do estado do tempo das pr�ximas tr�s semanas. � caso para dizer, progn�sticos s� no fim do jogo!".
Douro Tiago Alves de Sousa – Alves de Sousa "Ap�s uma sequ�ncia de anos atépicos (2007, 2008, 2009), em 2010 regressaram as caracterásticas que sempre associamos ao Douro: chuvas concentradas maioritariamente no período de Inverno, uma Primavera amena e um Ver�o muito quente. Foi sem d�vida um ano em que houve necessidade de particular aten��o �s questáes fitossanit�rias, com alguma incid�ncia de o�dio e m�ldio, ultrapass�veis contudo com uma estratégia de ac��o preventiva. Em termos de produ��o, as quantidades estáo acima dos valores muito baixos verificados nos �ltimos anos, embora ainda assim sem excessos – existe um equil�brio muito bom entre a estrutura vegetativa robusta que resultou das reservas de �gua no solo acumuladas durante o Inverno e a produ��o. Mesmo nesta fase final da matura��o, as folhas ainda permanecem bastante verdes e activas, permitindo uma matura��o bastante suave, sem sobressaltos ou varia��es bruscas. Tudo indicia (e as primeiras uvas colhidas são j� exemplo disso) que tal resultar� em mostos muito equilibrados, com boa preserva��o dos aromas varietais e da acidez. A estratégia de vindima será contudo, como sempre, fundamental para atingir os melhores resultados. Estando-se a verificar um ciclo mais longo que nos �ltimos 3 anos, h� que ter a devida paci�ncia (nem sempre f�cil em tempos de vindima) e esperar, caso o tempo o permita, por uma boa matura��o fen�lica. Esperemos assim que o regresso das condi��es t�picas do Douro seja brindado com uma vindima serena e sobretudo sem chuvas. Estar�o assim reunidas todas as condi��es para mais um belo ano no Douro".
D�o �lvaro de Castro – Quinta da Pellada / Quinta de Saes "Se não chover muito nas pr�ximas semanas teremos um ano de boa colheita, melhor que 2009 e semelhante a 2008. As condi��es climatéricas que se verificaram na regi�o do D�o ao longo do ciclo da videira provocaram algumas situa��es de stress h�drico, com mais incid�ncia nas vinhas novas, no entanto os produtores que conseguiram aplicar boas pr�ticas culturais face ao clima que se fez sentir, aguardam colheitas muito boas. Os brancos j� na adega, estáo a evoluir muito bem, apresentam-se equilibrados, com boa acidez e por isso estou optimista quanto ao resultado final."
Lisboa Jo�o Corr�a – Companhia das Quintas "A campanha na regi�o de Lisboa ficou marcada por uma elevada pluviosidade que disponibilizou reservas de �gua no solo até muito tarde. Quem não protegeu convenientemente a vinha, sofreu ataques de m�ldio que afectaram alguma produ��o. No entanto a expectativa de quantidade era elevada pela avalia��o feita � nascen�a. Em Julho e Agosto tivemos temperaturas muito elevadas com alguns dias a provocar escald�o nos cachos, sobretudo nos mais expostos e nas vinhas com menos vigor e menos folhagem, o que provocou mais uma diminui��o de produ��o. Prevejo para a colheita deste ano uma quantidade ligeiramente superior ao ano passado, a atingir a matura��o uma semana mais tarde que no ano anterior, uvas s�s do ponto de vista fitossanit�rio, mas com alguma irregularidade a merecer aten��o e escolha na entrada da adega. Se a vindima decorrer sem problemas e sem surpresas climatéricas desagrad�veis, tenho expectativas positivas e de boa qualidade nos vinhos a obter na regi�o de Lisboa"
Tejo Rui Reguinga – Casa Cadaval "Em rela��o ao clima o ano de 2010 apresentou muita pluviosidade seguindo-se um Ver�o de temperaturas muito elevadas que acabou por provocar atrasos de matura��o principalmente nos tintos, estando a vindima a decorrer 1 semana mais tarde face a 2009. As uvas apresentam um �ptimo estado sanit�rio embora no caso dos brancos tivemos alguns problemas ao nível. de escald�o dadas as temperaturas elevadas que se fizeram sentir. Os brancos apresentam boa fruta, com boa frescura, os tintos estáo com boa estrutura, muita fruta com graus �lcool na ordem dos 13,5 a 14%. Ainda � cedo para avaliar qualidade mas julgo que será um ano de qualidade média. Relativamente � quantidade prevemos um aumento de produ��o de cerca de 15% face � média da regi�o".
Pen�nsula de Set�bal Jaime Quendera – Adega Cooperativa de Peg�es / Casa Ermelinda Freitas "A colheita de 2010 prev�-se igual ou ligeiramente superior em quantidade em rela��o ao ano de 2009. O ano foi marcado por chuvas constantes até fins de Maio (o que se revelou positivo para a planta, para uma boa vegeta��o com bons crescimentos) e depois por um ver�o muito quente com dias com mais de 40 graus, o que atrasou a matura��o por paragem de fotoss�ntese. Houve ligeiros ataques de m�ldio mas que não afectaram a produ��o, ao contrário da queima de uvas que em Julho/Agosto danificou em algumas zonas mais de 40% e no geral da zona cerca de 20% da produ��o. As uvas brancas estáo na sua maioria colhidas, apresentaram boa frescura mas uma acidez média e matura��es equilibradas, os vinhos estáo a sair excelentes, dos melhores anos de vinho branco que j� fiz, especialmente os Moscatéis e os Fernão Pires. Quanto aos tintos estamos a dar inicio � colheita e se o tempo se mantiver constante, certamente será um muito bom ano para tintos".
Alentejo Paulo Laureano – Paulo Laureano Vinus "Claramente este Ver�o depois de um ciclo vegetativo marcado por um pluviosidade acima do normal, veio condicionar o desencadear da vindima (mais tardiamente, relativamente ao previsto) com matura��es mais lentas e com as todas as consequ�ncias que um Ver�o excessivamente quente pode acarretar. não acredito num ano excepcional, mas t�o pouco num desastre. Penso que quem conhece de forma clara o seu terroir e o comportamento das suas variedades está claramente em vantagem para atenuar alguns efeitos mais nefastos. A escolha das castas mais adequadas, adaptadas as condi��es da regi�o, com sabores e aromas únicos e um saber de experiencia feito, são este ano essenciais para que se continuem a desenhar n�ctares de prazer na plan�cie Alentejana".
Algarve Rui Virg�nia – Quinta do Barranco "Em quantidade a produ��o � id�ntica ao ano anterior. O estado fitossanit�rio das uvas � excelente. As condi��es climatéricas foram extremas em pluviosidade e o rigor nos tratamentos fitossanit�rios garantiu uma protec��o efectiva da produ��o. O calor extremo nos meses de Julho e Agosto atrasaram a fase de matura��o das uvas, este ano em rela��o � média dos anos anteriores estamos atrasados duas semanas. Podemos considerar um ano de Boa Colheita".
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