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– 03-11-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Vila Real: Autarcas e populares divididos quanto a vantagens da Barragem do TuaMur�a, 02 Nov Alguns autarcas e populares dos cinco concelhos que iráo ser afectados pela constru��o da barragem juntaram-se hoje na ponte da Brunheda, na conflu�ncia dos concelhos de Mur�a, Mirandela, Carrazeda de Ansi�es, Vila Flor e Alij�, para debater os "pr�s e os contras" desta estrutura. A constru��o do Aproveitamento Hidroel�ctrico Foz Tua, que no máximo terá uma quota de �gua de 195 metros e inundar� uma área de 791 hectares que se estende ao longo de 37 quil�metros. Segundo dados da EDP, a constru��o da barragem, a 1.250 metros da Foz do rio Tua, representa um investimento de 237 milhões de euros e dever� permitir produzir 350 gigawatts de energia por hora, ou seja o equivalente ao consumo m�dio de uma cidade com 80.000 habitantes. Poder� armazenar até 215 milhões de metros c�bicos de �gua e, se o projecto for aprovado, as obras poder�o come�ar j� em 2007. O presidente da C�mara de Mur�a, Jo�o Teixeira, afirmou que "� partida" está contra a constru��o do empreendimento, porque este vai submergir 60 por cento das vinhas das aldeias de Sobreira e Porrais. "são 12 as fam�lias da Sobreira que v�o ficar sem vinha, o seu �nica sustento neste momento", frisou. Lu�s Coelho � um dos agricultores da Sobreira que poder� ser afectado pela constru��o da barragem, j� que, se for cumprida a quota m�xima, ficar� sem dois hectares de vinha, o que equivale a uma produ��o média de 20 pipas de vinho do Porto. Por isso mesmo, o agricultor diz-se contra a constru��o da barragem: "que irei fazer depois". Por sua vez, o presidente da C�mara de Alij�, Artur Cascarejo, diz que não � contra a barragem: "Alij� � a favor do desenvolvimento da regi�o". No entanto, segundo frisou, este investimento "não pode ser feito � custa das popula��es locais". � que, de acordo com o autarca, "40 por cento da energia hidroel�ctrica nacional � produzida no norte, não deixando, no entanto, mais valias nesta regi�o". "A constru��o da barragem tem de ser fundamentada em estudos que digam exactamente o que vamos ganhar, como por exemplo o valor das indemniza��es", frisou. Também Jo�o Teixeira j� reivindicou o pagamento dos terrenos ao "metro quadrado", pois esta � uma zona de minif�ndio, em que a maior parte dos agricultores tem pequenos terrenos. "� necess�rio que haja incentivos que ajudem as pessoas a mudar de actividade, para que possam ter vida econ�mica para além da barragem", afirmou Artur Cascarejo. A constru��o deste empreendimento trar� altera��es clim�ticas � regi�o, com uma maior concentra��o de humidade e, os aspectos mais negativos estáo relacionados com os impactos na agricultura. Ser�o submersos entre 356 a 371 hectares de mato, floresta e pastagens, e 248 a 441 hectares de área agr�cola. A constru��o deste empreendimento obrigar� ainda � edifica��o de novas pontes para substituir as da Amieira, Brunheda, Abreiro, Vilarinho das Azenhas e Caldas de Carl�o (no rio Tinhela), afectadas pela subida das �guas. Alguns respons�veis da EDP ainda passaram pelo local da concentra��o desta tarde, mas não sa�ram dos carros para falar com os populares ou com a comunica��o social. O Estudo de Impacte Ambiental da barragem do Tua está a decorrer desde Março e vai ser apresentado ao Governo durante o primeiro trimestre de 2007.
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