O Brasil exportou 2,4 milhões de sacos de 60 quilos de café em maio, menos 17,4% do que no mesmo mês de 2022, informou hoje o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Em termos de volume de negócios, o resultado também não foi favorável, com receitas de 544,8 milhões de dólares (504,7 milhões de euros), 22,6% abaixo das registadas em maio do ano passado.
Dados divulgados pela associação patronal do setor mostram que no acumulado do ano, as receitas caíram 24,4 % para 2.958 milhões de dólares, com um total de 13,57 milhões de sacas exportadas, um volume 19,3 % inferior ao registado nos primeiros cinco meses de 2022.
O Brasil, maior produtor e fornecedor mundial de café, teve duas colheitas consecutivas inferiores às habituais devido ao mau tempo, um problema que o setor espera que mude de rumo em 2024.
De acordo com o executivo, a safra 2023/2024 já está a dar sinais de progresso, o que se pode refletir numa “evolução dos volumes enviados para o exterior”, que atualmente não estão no seu melhor momento.
Nos primeiros cinco meses do ano, os Estados Unidos da América, com 18,5% de todos os embarques, continuam a ser o principal destino do café brasileiro, com a compra de 2,5 milhões de sacos de café, um volume 23,1% inferior ao registado no mesmo período do ano passado.
Em 2022, o Brasil exportou 39,35 milhões de sacos de 60 quilos e, embora tenha registado uma queda de 3,1% em relação a 2021, as vendas deixaram uma receita recorde de cerca de nove mil milhões de euros, 46,9% superior à do ano anterior, graças ao aumento dos preços do grão e a uma taxa de câmbio favorável.