A União da Floresta Mediterrânica (UNAC) está contra a abordagem tomada pelos planos de gestão das Zonas Especiais de Conservação (ZEC) do Cabeção, Cabrela, Monfurado e Moura-Barrancos. Na opinião da entidade, as medidas focam-se apenas em questões de conservação, “esquecendo a função de produção agroflorestal que está na base dos valores ecológicos destas áreas”.
“Consideramos que não é possível criar planos de gestão de sistemas tão complexos, de uma forma adequada e equilibrada, sem considerar a principal das suas vertentes”, nota a UNAC, em comunicado.
No seu ponto de vista, estas propostas criam “um conjunto de limitações que pretendem promover a componente de conservação, limitando a componente produtiva, sem quaisquer contrapartidas. Assim, corre-se o risco de prejudicar, a prazo, grandemente a produção e como consequência a sustentabilidade total do ecossistema”.
“A perda de capacidade produtiva e de rendimento a ela associada poderão levar ao abandono, o que, por sua vez aumenta fortemente o risco de incêndio e tem como impacto a total destruição das espécies e habitats que se pretendem conservar”, conclui.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.