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– 26-11-2004 |
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UE / BSE : Portugal pede derrogação a Bruxelas para "salvar" costeletasBruxelas, 26 Nov Um outro argumento apontado por Lisboa no momento do pedido de derrogação é a diminuição dos custos de produção. Durante os seis anos de embargo às exportações de carne e produtos bovinos e gado vivo de Portugal, que terminaram no passado domingo, Portugal era obrigado a retirar a coluna vertebral dos animais para consumo humano que tivessem mais de 30 meses por ser considerado um material perigoso devido à doença das "vacas loucas". Com o fim das restrições, o país fica sujeito à lei geral vigente para todos os países da União Europeia – à excepção do Reino Unido, actualmente o único país com as exportações embargadas -, que determina que aquele material tem que ser retirado dos animais que tenham 12 meses (um ano). Tal significa que a operação teria de ser feita a um maior número de animais abatidos, o que aumentaria os custos do abate e comercialização, ao mesmo tempo que diminuiria a quantidade de costeletas no mercado que contém parte da coluna vertebral (apófise transversal). Os argumentos portugueses, apresentados numa carta enviada a Bruxelas, baseiam-se na provada implementação das medidas de controlo e vigilância da BSE, nomeadamente a realização de testes a todos os animais com mais de 24 meses e a proibição das farinhas animais, considerando por isso que o risco existente é "negligenciável". Por outro lado, "todo o gado bovino que esteve sujeito ao embargo e em relação ao qual foram afastadas as farinhas têm mais de um ano, pelo que poria em causa o consumo de costeletas", explicou o ministro da Agricultura, Carlos Costa Neves. Além disso, justifica o ministro, retirar aquele material tem "custos muito mais elevados" para os produtores e para os matadouros. Portugal espera que Bruxelas atenda ao seu pedido, uma vez que a Comissão Europeia está a ponderar rever, a curto prazo, a idade para a retirada da coluna vertebral. "A idade especificada para a remoção da coluna vertebral dos bovinos poderá ser ajustada através da alteração do regulamento, à luz da probabilidade estatística de ocorrência de BSE nos grupos etários pertinentes da população bovina, com base nos resultados da vigilância", admitiu Bruxelas na decisão de levantamento do embargo a Portugal.
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