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– 26-11-2004 |
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Governo vai promover dieta nacional para reforçar produçãoSantarém, 26 Nov Presente hoje em Santarém, num encontro do Clube de Produtores do Grupo Sonae, Costa Neves prometeu uma política "mais articulada" com "parcerias público-privadas" e com outros ministérios no sentido de reforçar o gosto dos portugueses pelos produtos nacionais. "Nada nesta questão da alimentação pode ser vista de forma isolada", considerou o ministro, defendendo maior interacção e articulação entre os agentes que lidam com a produção, comercialização e promoção dos produtos do sector. "A agricultura também é economia e temos de aproveitar o nosso mercado" porque "há um espaço para crescer", notou. Nesse sentido, o ministério pretende lançar uma campanha de promoção, que poderá envolver "cozinheiros portugueses que utilizem produtos certificados" em acções de divulgação da dieta portuguesa, que é feita com esses mesmos ingredientes. Por outro lado, Costa Neves salientou que o turismo pode ser outro veículo de promoção, já que ao promover a gastronomia portuguesa fomenta-se também a produção de artigos tipicamente nacionais. "O turismo é uma forma de exportar dentro do país", visto que quem compra introduz divisas estrangeiras em Portugal. No total, existem 92 produtos nacionais certificados, desde a fruta, ao azeite, passando por queijos, enchidos ou vinhos, o que faz com que Portugal seja o terceiro país da União Europeia como mais artigos nestas condições. "Os produtos certificados têm a importância de compreender o nosso gosto e de garantir qualidade" de produção mas "o que lhes falta neste momento é maior divulgação", afirmou. "Somos um país que não pode ignorar as complementaridades" que existem no sector, particularmente em questões como a visibilidade dos produtos, a qualidade e segurança alimentar, defendeu Costa Neves, considerando que "a partir da qualidade temos de introduzir a diferença". É que, apesar de competirmos num mercado global, "temos a nossa personalidade própria e os nossos gostos próprios" que não são substituídos facilmente por produtos importados. Opinião semelhante manifestou Arlindo Cunha, ex-ministro da Agricultura dos Governos de Cavaco Silva, desafiando os produtores portugueses a reconquistar o mercado interno. Nos próximos anos, tão importante como a Política Agrícola Comum (PAC) serão os acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC), que irão impor novas regras para os agricultores portugueses, considerou Arlindo Cunha. De acordo com este responsável, o pré-acordo da OMC prevê, no campo da agricultura, o fim gradual dos apoios de cada país às exportações e limitações à carga fiscal para os produtos importados. Esta situação vai levar a que exista uma "maior pressão competitiva nos mercados", que terão de criar novas regras internas de funcionamento, defendeu, Arlindo Cunha, considerando que os seus efeitos poderão ser potenciados em Portugal Embora a carga fiscal sobre os produtos importados diminua, em Portugal o mercado já está habituado à concorrência livre no espaço europeu pelo que os próximos anos poderão constituir uma "oportunidade" para os produtores conquistarem os portugueses. Nos próximos anos, será "mais fácil vender no mercado interno do que no externo" e algumas das importações que agora existem poderão diminuir devido à falta de apoios nos países de origem. No entanto, esta estratégia só terá sucesso com uma articulação com as grandes superfícies e cadeias comerciais em Portugal que "não podem ir para o mercado apenas para explorar". Nesta análise, Arlindo Cunha elogiou o papel do Clube de Produtores Sonae como um exemplo que deve ser seguido, já que valoriza a produção nacional, alicerçada em critérios rigorosos de qualidade.
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