Há 47 projetos-pilotos a avançar em 26 concelhos do país, nas chamadas Áreas Integradas de Transformação da Paisagem. E estão já outros 129 a serem avaliados. Mas quatro anos depois do dia em que Portugal ardeu, o Pinhal de Leiria continua sem plano de reflorestação.
É uma espécie de projeto piloto, que os especialistas consideram ser preciso expandir: promover a gestão comunitária de áreas florestais a partir de apoios públicos. E Portugal está a ser pioneiro nisso, através das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) que se enquadram no Programa de Transformação da Paisagem e dirigem-se a contextos microterritoriais específicos, localizados em territórios de floresta com vulnerabilidades específicas decorrentes daquilo que os especialistas consideram de “conflitualidade entre a perigosidade e a ocupação e uso do solo”. O objetivo maior é aquele de que o Governo fala, amiúde, desde que em junho e outubro de 2017 morreram quase uma centena de pessoas no fogo: promover a resiliência, a sustentabilidade e a valorização do território.
Até 31 de maio foram submetidas, para apreciação e validação da Direção Geral do Território, propostas de 97 Áreas . Mas apenas 47 reuniram condições de prosseguir. Em julho, foram assinados contratos programa entre as entidades gestoras ou as proponentes (zonas de intervenção florestal e autarquias), o Fundo Ambiental, a Direção Geral do Território e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNF).Tendo em conta um custo médio estimado por Operação Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP ) de 3,6 milhões de euros, “perspetiva-se um montante de investimento associado às 47 AIGP de 170 milhões de euros (no âmbito do PRR)”, disse ao DN fonte do Ministério do Ambiente.
As 47 AIGP estão localizadas nos concelhos de Alfândega da Fé, Alijó, Arganil, Bragança, Figueiró dos Vinhos, Freixo de […]