Os trabalhadores do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA) de Cabo Verde iniciaram hoje uma greve de três dias, reivindicando reajustes salariais e a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
“Hoje, estamos diante do Ministério da Agricultura e Ambiente para ter uma resposta do ministro, mas até agora, nada. Esperamos pelo PCCS que nos prometeram desde janeiro, bem como o aumento. Se não normalizarem a nossa situação, não vamos parar” a contestação, disse à Lusa, Ludmila Ferreira.
A ajudante de serviços gerais do INIDA, que trabalha há 23 anos na instituição, falava na Praia, em frente ao Ministério da Agricultura e Ambiente, junto a um grupo de 70 trabalhadores, acompanhados pelo presidente do Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP).
“Caso a situação não seja resolvida, vamos partir para a greve, novamente”, acrescentou Ludmila, segurando um cartaz com a mensagem: “queremos pão para as nossas famílias”.
Francisco Furtado, dirigente sindical, recordou o processo: um pré-aviso de greve foi entregue na Direção Geral do Trabalho em agosto e, após negociações, ficou acordada a aprovação de parâmetros para a reforma antecipada em setembro e publicação do PCCS em outubro, mas nada aconteceu.
Além disso, referiu que o Ministério atribuiu aumentos de 1% a 3,5% a outros funcionários, mas não aos do INIDA.
“Entendemos que esta é uma atitude de discriminação”, acrescentou.
A Lusa tentou obter uma reação do Ministério da Agricultura de Cabo Verde, mas ainda não obteve resposta.