Os trabalhadores da Lactogal agendaram uma greve para dia 30 de outubro, reivindicando aumentos salariais, a valorização do trabalho noturno e por turno, um subsídio de frio e diuturnidades, foi hoje anunciado.
“O Sintab [Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal] remeteu, esta semana, às entidades interessadas, o pré-aviso de greve dos trabalhadores da Lactogal – Produtos Alimentares, para o dia 30 de outubro de 2024, durante todo o dia”, anunciou, em comunicado.
A decisão de avançar para a greve foi tomada pelos trabalhadores da Unidade de Oliveira de Azeméis, após o plenário de 11 de outubro.
O sindicato acusa a administração de ter descartado os quatro pedidos de reunião, tendo, após ter recebido o pré-aviso de greve, a Lactogal apresentado a própria proposta para o dia 29 de outubro.
O caderno reivindicativo destes trabalhadores, que foi apresentado em junho, prevê aumentos salariais intermédios, que garantam um mínimo de 150 euros em 2024.
Por outro lado, os trabalhadores exigem o “ajustamento de salários” para promover a igualdade em cada função, com o nivelamento pelo salário “mais favorável praticado”.
A isto soma-se a valorização do trabalho noturno e por turnos, a atualização do subsídio de frio, congelado há 20 anos, a reimplantação das diuturnidades e a reaplicação das pausas praticadas nos setores de trabalho em condições adversas.
Nos últimos plenários, os trabalhadores denunciaram também a prática generalizada de assédio nos locais de trabalho e a pressão exercida sobre os pais e mães trabalhadores que usufruem dos seus direitos de parentalidade.
A Lactogal é dona de marcas como Agros, Matinal, Mimosa, Primor e Vigor.