|
|
|
|
|
– 26-04-2002 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Timor-Leste: Uma quinta "pedag�gica" entre montanhas de AileuTimor-Leste, 26 Abr O projecto come�ou em Janeiro do ano passado na "Quinta Portugal", perto de Aileu – 47 quil�metros sul de D�li -, e � guiado por uma equipa de 38 elementos, tr�s portugueses e 35 timorenses. Com uma dura��o de tr�s anos, tem um custo estimado – em conjunto com outro projecto na área do caf� em Ermera – em 500 mil euros (100 mil contos). A mil metros de altitude, numa grande extensão, Pedro Passos Carvalho dirige a equipa que ensina novas t�cnicas agr�colas e agro-florestais aos timorenses, tendo em conta nomeadamente a desflorestação desenfreada da regi�o, um problema que afecta todo o territ�rio. � Nuno Moreira, respons�vel pela missão agr�cola de Portugal, quem lembra que nas regi�es mais altas de Timor-Leste, onde faz frio, cada fam�lia consome 15 quilos de lenha por dia. "Massacram as �rvores e elas não t�m capacidade de reposi��o e depois Também não h� um esfor�o de florestação", disse � Agência Lusa. Essa situa��o, aliada ao "mau h�bito" que os timorenses t�m de fazer queimadas, levou a um "dos mais graves problemas" da regi�o, a desflorestação e a consequente erosão dos solos e perda de fertilidade. � por isso que a equipa está a criar �rvores em viveiro para depois as introduzir na floresta, ao mesmo tempo que vai ensinando os timorenses das aldeias vizinhas as t�cnicas de florestação e novas actividades agr�colas, embora respeitando a tradi��o timorense. Agricultores de toda a regi�o de Aileu v�m � "Quinta Portugal" durante uma semana ou mais tomar contacto com estas novas actividades, "para que voltem �s suas comunidades e serem eles pr�prios a ensinar o que aprenderam a outros", explica Pedro Passos Carvalho. "Fornecemos mais conhecimento do que tecnologia", garante, mostrando com orgulho uma parte do projecto, as estufas onde se estudam diversas variedades de plantas ou da mesma planta, para ver qual delas se adapta melhor ao clima. "Diga-me um fruto tropical para ver se não o temos aqui", pede, mostrando depois 65 variedades de fruta. "estáo a ser testadas e depois pode-se facilitar a sua dissemina��o", diz. Ao lado das plantas, longas filas de pequenas �rvores são Também observadas pelos portugueses. Casuarinas, Teca, Albizia (conhecida em Timor por madre do cacau), Pau-Rosa… Entre elas S�ndalo – famosa pelo cheiro perfumado e cujo �leo � usado em cosm�tica. Outrora bastante frequente, dizimada dada a sua alta rentabilidade no mercado internacional, hoje o S�ndalo � uma esp�cie quase desaparecida e, por isso, protegia por lei em Timor-Leste. Apesar disso, hoje continua a ser vendida nas ruas de D�li, transformada em teráos ou em pequenas estatuetas que os malai (estrangeiros) compram, por prefer�ncia a outras madeiras, como o souvenir ideal da meia-ilha. "O S�ndalo de Timor � do melhor do mundo. Plantas com dez anos podem come�ar a ser podadas. � a produ��o para Timor", salienta. Nuno Moreira gaba as capacidades de cada uma, trata-as com carinho, e diz que a sua função ali � fundamentalmente a de ensinar. "não temos a veleidade de pôr plantações em todo o lado, mas sim de capacit�-los a fazer isso, ensin�-los a pôr as �rvores, a fazer viveiros. E se vierem aqui aprender 150 v�o ensinar a muitos mais". Trabalhando em estreita colabora��o com o governo timorense, o grupo vive h� mais de um ano numa zona de dif�cil acesso, a mais de duas horas de D�li, mas mesmo assim parece estar muito satisfeito com o tipo de trabalho. Portugueses e timorenses. Os primeiros notam-se pelo entusiasmo que p�em nas explica��es sobre o projecto, os segundos pela alegria na festa que preparam para receber quem visita a "Quinta Portugal".
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |