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– 08-10-2012 |
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Tauromaquia: Capoulas Santos diz ser "indesment�vel" que touradas fa�am parte da cultura portuguesa
O eurodeputado socialista Capoulas Santos considerou hoje "indesment�vel" que a tauromaquia fa�a parte da cultura portuguesa, defendendo que a festa deve ser "preservada" e que contribui para a "biodiversidade" no mundo rural. "A tauromaquia faz parte da nossa cultura. � um dado indesment�vel. Pode-se gostar ou não gostar de toiros, mas não se pode � negar que faz parte da nossa cultura", disse o antigo ministro da Agricultura, em declarações � agência Lusa. Capoulas Santos exerce Também o cargo de presidente da Assembleia Municipal de �vora que, em Setembro, aprovou uma mo��o contra a classifica��o da tauromaquia como Patrim�nio Cultural Imaterial de Interesse Municipal. Na mo��o, apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE), pode ler-se que "considerar que a tourada � uma manifesta��o cultural que faz parte da nossa identidade colectiva � de um determinismo atroz". Na mo��o aprovada, a Assembleia Municipal de �vora recomendou � c�mara que rejeite reconhecer a tauromaquia como Patrim�nio Cultural Imaterial de Interesse Municipal, comunicando esta rejei��o � Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC). Sem querer fazer coment�rios sobre esta situa��o, Capoulas Santos considerou que a apresentação da proposta do BE na reuni�o da Assembleia Municipal foi "prematura", indicando que se absteve na vota��o. "além de cidad�o, sou soci�logo e tenho alguma responsabilidade em interpretar as sociedades, os seus valores, as suas ra�zes e sob esse aspecto negar que a tauromaquia faz parte da nossa cultura � negar uma evid�ncia", declarou. "Por essa raz�o não votei favoravelmente essa mo��o", sustentou. De acordo com Capoulas Santos, a proposta contou com 17 votos favor�veis (11 deputados municipais do PCP, cinco do PS e um do BE), 13 votos contra (sete do PS, cinco do PSD e um do PCP) e com nove absten��es (seis do PS e tr�s do PCP). Para Capoulas Santos, a tauromaquia "contribui" para a biodiversidade no mundo rural, porque, explicou, sem as diversas vertentes da festa brava "extinguia-se" o toiro bravo. "O toiro bravo não � economicamente rent�vel. Se a bovinicultora se reduzir exclusivamente � produ��o de carne não será a ra�a do toiro bravo que sobreviver�", disse. No entanto, defendeu que o espect�culo deve "evoluir", uma vez que � "evidente" que constitui um espect�culo que provoca "sofrimento" ao toiro. "Hoje em dia, temos a esgrima como desporto ol�mpico e não precisa de trespassar o advers�rio para ganhar uma medalha, ou seja, num desporto que vinha do passado e por vezes violento foi adaptado � nova realidade através de uma sofistica��o tecnol�gica. Eu não sei se não � poss�vel um dia fazer algo parecido nas touradas", disse. Fonte: Lusa
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