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– 23-04-2012 |
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Suinicultura: Porco Alentejano em risco de se tornar ra�a �muito amea�ada�
O Porco Alentejano corre o risco de se tornar numa ra�a �muito amea�ada� a �curto prazo�, com muitos produtores a abandonar o sector e o efectivo reprodutor a diminuir devido � �forte quebra� da rentabilidade da actividade. �Corremos o risco de chegar a um limiar de menos de cinco mil porcas e passar para a classifica��o de ra�a muito amea�ada�, disse � agência Lusa o secret�rio-geral da Associa��o Nacional dos Criadores do Porco Alentejano, Pedro Bento. O Porco Alentejano � considerado uma ra�a �amea�ada� e está a �caminhar drasticamente� para �a curto prazo� se tornar �muito amea�ada�, o que irá �por em causa uma ra�a aut�ctone portuguesa�, avisou. O efectivo reprodutor de Porco Alentejano, reconhecido pelas suas pele preta, cabe�a comprida e orelhas pequenas e pelo sabor suculento da carne, era de 12 mil porcas em 2007, mas tem vindo �a cair a uma velocidade muito grande�. Actualmente, o efectivo está perto das seis mil porcas e, �se não se aplicarem as medidas necess�rias�, chegar� �rapidamente� �s cinco mil e poder� mesmo ficar abaixo desta barreira, tornando-se uma ra�a �muito amea�ada�, disse. �Estamos a chegar a um limiar que pode por em causa popula��es futuras e a diversidade gen�tica� da ra�a, avisou, explicando que a queda do efectivo deve-se � �elevad�ssima� taxa de abandono da actividade. Muitos produtores t�m desistido de produzir Porco Alentejano, devido �� forte quebra da rentabilidade da actividade nos �ltimos quatro anos�, provocada por �condi��es do mercado, que tem sido muito penalizador�, lamentou. Em causa, além da �crise de consumo�, está a venda de carne, �de menor qualidade, que dizem ser porco preto� e não � regulamentada, nem protegida, como sendo Porco Alentejano, o que prejudica a venda de carne da ra�a su�na alentejana de Denomina��o de Origem Protegida (DOP), explicou. �Porco Alentejano � a designa��o da ra�a, mas o termo popular associado � porco preto�, por isso a procura de Porco Alentejano tornou-se uma �oportunidade� para empresas que vendem �produtos que dizem ser porco preto e indexados a novos nomes de pe�as de carne�, como secretos, contou. Vende-se �gato por lebre�, frisou, denunciando que �o chamado porco preto que invadiu o mercado não � Porco Alentejano�, que � produzido no Alentejo � base de uma alimenta��o natural e �teve um crescimento apreci�vel em vendas até 2007�. A carne que se vende como sendo porco preto � �maioritariamente� de porcos brancos cruzados com Porco Alentejano, fabricados em unidades industriais intensivas e alimentados com farinhas, e grande parte vem de Espanha e a pre�os mais baratos, disse. O Porco Alentejano �� único no mundo�, mas �o problema� � que �está a ser substitu�do por um produto altamente barato, de qualidade inferior, que dizem ser porco preto, mas nada tem a ver, e não d� hip�teses de o Porco Alentejano chegar ao mercado�, sobretudo a restaurantes e grandes superf�cies, disse. O �problema não se limita � ra�a�, porque �se nada for feito� Também estáo �em causa� a continuidade da produ��o extensiva de porco alentejano, a ocupa��o dos montados, as pequenas agro-ind�strias, os produtos qualificados de Porco Alentejano e a economia das zonas rurais do interior centro e sul, alertou. Para resolver o problema, além de �medidas internas que o sector j� está a desenvolver�, Pedro Bento defendeu uma norma nacional para regulamentar a comercializa��o e o uso da designa��o porco preto e ajudas directas ao sector. Fonte: Lusa
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