A Sogrape suspendeu as vendas para a Rússia, país que compôs quase 2% do total de vendas consolidadas (mais de seis milhões de euros) em 2021. O grupo é a terceira maior empresa exportadora portuguesa para a Rússia. No entanto, o país é apenas o oitavo maior mercado da empresa, quer em volume, quer em valor.
O chief comercial officer (CCO) da Sogrape, João Gomes da Silva, explicou, em entrevista ao Jornal de Negócios, que as vendas dos vinhos para a Rússia e Bielorrússia, assim como a importação de marcas destas origens, “estão neste momento em suspenso”. O responsável revela, no entanto, que os parceiros comerciais da Sogrape em ambos os países “não estão visados por nenhuma das decisões até agora tomadas pelas autoridades”, justificando esta interrupção “acima de tudo com o movimento global da sociedade contra este conflito, e não como uma censura a estas empresas em particular”.
De acordo com João Gomes da Silva, a Rússia tinha-se afirmado “nos últimos anos como mercado de aposta para o grupo”, tendo vindo a conquistar “uma relevância crescente, em particular para a marca Mateus”, a qual tem no país de Vladimir Putin o seu terceiro maior mercado depois do Reino Unido e Portugal. Também para as marcas de vinho verde da empresa a Rússia é um mercado relevante, acrescentou o CCO.
Já a Ucrânia, disse ainda, “é um mercado com menor relevância para o negócio da Sogrape, que tem vindo a perder valor ao longo dos últimos anos”. Em 2021, representou menos de 500 mil euros nas vendas consolidadas.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.