A bastonária da Ordem dos Nutricionistas defende a adopção da rotulagem nutricional simplificada, porque os consumidores “não estão devidamente preparados” para conseguirem ler rótulos.
Já foi ao supermercado e ficou confuso quando tentou comparar os rótulos dos alimentos? Um novo sistema de rotulagem simplificada tem vindo a ser discutido desde 2018, mas na sequência da pandemia a sua avaliação ficou suspensa. Ao PÚBLICO, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas sublinha agora que este é “momento certo de voltar a revisitar este tema”.
A presença da declaração nutricional tornou-se obrigatória na União Europeia em 2016. “A imposição da prestação obrigatória de informação sobre os géneros alimentícios deverá justificar-se principalmente pelo objectivo de permitir aos consumidores identificarem e utilizarem adequadamente os géneros alimentícios e fazerem escolhas adaptadas às suas necessidades alimentares”, pode ler-se no Regulamento (UE) n.º 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho.
No entanto, embora a declaração seja obrigatória em toda a Europa, Alexandra Bento diz que esta “não é suficiente”, porque os consumidores “não estão devidamente preparados para conseguir fazer uma correcta leitura da informação nutricional”. Neste sentido, defende a adopção da rotulagem nutricional simplificada o mais rápido possível, acompanhada de uma forte campanha educativa.
Vantagens de uma rotulagem simplificada
De acordo com Alexandra Bento, existem várias formas de rotulagem simplificada. “Há modelos interpretativos resumidos, como é o caso do Nutri-Score, modelos que são considerados informativos numéricos que de alguma maneira […]