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– 03-05-2005 |
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Seca: Sevinate Pinto critica atraso do Governo e medidas insuficientesBeja, 02 Mai "O conjunto de medidas existente não � ainda compatével com o car�cter excepcional e a emerg�ncia da situa��o. H� ainda uma insufici�ncia de medidas", afirmou o antigo titular da pasta da Agricultura no governo PSD/CDS-PP, liderado por Dur�o Barroso. Sevinate Pinto falava num col�quio sobre as perspectivas para a agricultura portuguesa, organizado pela Federa��o das Associa��es de Agricultores do Baixo-Alentejo e Alentejo Litoral (FAABA), no ambito da Ovibeja. "Fala-se agora nas linhas de cr�dito, mas este trabalho devia ter sido feito h� mais tempo porque o problema da seca j� tem barbas", considerou o ex-governante. "Neste tipo de situa��o, não � poss�vel estarmos dependentes de Bruxelas, faltam ajudas nacionais e presta��es a fundo perdido", frisou. Sevinate Pinto defendeu Também a necessidade de se diferenciarem as várias situa��es de seca em todo o país. "O Baixo-Alentejo � uma regi�o que está numa situa��o de seca extrema e de perda total h� muito tempo, que não tem compara��o com o resto do país, e � importante que os respons�veis saibam disso", declarou. No domingo, o actual ministro da Agricultura, Jaime Silva, garantiu Também em Beja que o Governo vai continuar a tomar as medidas "mais adequadas" para minorar os efeitos da seca, mas advertiu que o rigor or�amental imp�e "selectividade". Na visita � Ovibeja, certame agro-pecu�rio que decorre no Parque de Feiras e Exposi��es de Beja, Jaime Silva informou os agricultores de que j� foi dada "luz verde" de Bruxelas para o pastoreio das searas. No s�bado, durante a inauguração da Ovibeja, em que acompanhou o Presidente da República, Jaime Silva anunciara tr�s linhas de cr�dito, com um valor global de 125 milhões de euros. Essas linhas de cr�dito incidem na alimenta��o animal – para regi�es em seca "severa" ou "extrema" como o Alentejo, com uma bonifica��o de cem por cento -, as culturas hortofrut�colas (batata ou citrinos) e o abeberamento de animais, transporte de �gua e abertura de furos. Também a apicultura da regi�o alentejana vai ser inclu�da nas linhas de cr�dito, garantiu o ministro. No col�quio de hoje sobre o futuro da agricultura portuguesa, Sevinate Pinto destacou os riscos, as oportunidades e os desafios que esperam os agricultores. "Do ponto de vista estrutural, vai haver uma redu��o das propriedades agr�colas com o aumento das áreas de lazer e de ca�a. A profissionaliza��o dos agricultores será fundamental e a �gua vai ser um elemento important�ssimo", disse. Questionado pelos agricultores sobre os atrasos no regadio a partir de Alqueva, Sevinate Pinto alertou para o "perigo" de a barragem "esgotar as iniciativas pol�ticas e que as pessoas se conven�am que vem resolver tudo". "Alqueva poder� regar 110 mil hectares, a superf�cie agr�cola do Alentejo � de um milh�o e 800 mil hectares, portanto, nem chega a 10 por cento da superf�cie agr�cola do Alentejo. Como tal, não resolve o problema da agricultura no Alentejo, apesar de ser um instrumento important�ssimo", sublinhou. Do ponto de vista institucional, o ex-governante chamou a aten��o para o "crescente desinteresse pol�tico pela agricultura" e criticou o fim da Comissão de Agricultura no Parlamento (agora integrada na Comissão de Economia). "Acabou a comissão de agricultura no Parlamento e não ouvi um gemido", disse. "H� uma tend�ncia para a redu��o de compet�ncias de interven��o do Ministério da Agricultura e não conhe�o nenhum partido que tenha um deputado profissional de agricultura ou, pelo menos, interessado na questáo. Temos que reflectir sobre este comportamento e corrigi-lo", acrescentou. O antigo ministro referiu-se ainda ao futuro da agricultura portuguesa ao nível. da produ��o. "Prevejo que a nossa agricultura, a m�dio ou longo prazo, tenha uma maior liberdade de produ��o, seja melhor gerida, mais competitiva, qualitativamente diferenciada e com uma regulamentação mais simples", disse. Sevinate Pinto terminou a interven��o apelando ao esfor�o dos agricultores portugueses, lembrando que actualmente "existe um conjunto de oportunidades como nunca houve para a agricultura portuguesa".
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