O início deste ano, com uma prolongada situação de seca extrema e severa, trouxe-nos imagens alarmantes de diversos locais em Portugal onde as alterações expostas pela escassez de água são tão impactantes para o meio ambiente quanto para o consumidor. Ter visíveis as consequências imediatas das alterações climáticas – e do contributo humano para as mesmas – é a mais infeliz, mas também a mais eficaz forma de sensibilização para a necessidade de mudança por parte de todos: consumidores, entidades governamentais, setoriais e empresariais, com particular atenção àquelas que assumem a responsabilidade de gerir a água para consumo humano.
Se à superfície as ameaças que o futuro nos apresenta são visíveis e, portanto, facilmente compreensíveis para o consumidor, o mesmo acolhimento não recebem os riscos relativos às águas subterrâneas. Estes “reservatórios naturais” guardam uma grande parte da água doce em estado líquido do planeta, alimentando o restante ciclo da água e, por consequência, os recursos hídricos que temos disponíveis para os mais variados consumos.
O Dia Mundial da Água sublinhou, este ano, a importância das águas subterrâneas, com o mote “Tornar visível o invisível” a ser escolhido para UN Water para assinalar a efeméride. Uma escolha muito acertada, diria, e não apenas por nos recordar que estes recursos “invisíveis” […]