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– 03-08-2005 |
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Santar�m: Quinta de Herculano retoma tradi��o do azeite com marca Vale de LobosSantar�m, 2 Ago Ver�nica Santos Lima, economista, que gere a empresa familiar com o marido, o agr�nomo Joaquim Santos Lima, disse � agência Lusa que, em 2004, ano da entrada da marca Vale de Lobos no mercado, dos 105 mil litros de azeite produzidos, 75 por cento destinaram-se ao mercado externo, sobretudo para Espanha, It�lia e Fran�a. A entrada nestes países, através da principal cadeia internacional de comercializa��o de azeite, a Oliviers & Co, permitiu que o Vale de Lobos esteja presente em cerca de 70 lojas de todo o mundo, sendo vendido nesta cadeia francesa "em bonitas latas, embalagem diferente da elegante garrafa italiana com que chega a outros destinos". "Trata-se de um azeite da mais alta qualidade, todo extra virgem, com acidez muito baixa, frutado, sem qualquer defeito, o que j� lhe granjeou tr�s prémios, duas medalhas nos Estados Unidos e uma em Bruxelas", disse a respons�vel, sublinhando que, além da cadeia de lojas francesas, o azeite Vale de Lobos � vendido, desde Junho, no Harrods, em Londres. A alta qualidade do azeite e o facto de os olivais não estarem ainda em plena produ��o levam a que o pre�o não seja "muito baixo", pelo que o comprador portugu�s acaba por não ser o seu principal cliente, adiantou. Apesar disso, o azeite está � venda em lojas "gourmet" de Lisboa e Porto (2.000 litros/ano), tendo Ver�nica Santos Lima equacionado a venda pela Internet, ideia que abandonou devido aos pre�os elevados pedidos pelos serviços de entregas. Nas obras que estáo em curso na quinta, na zona de apoio ao lagar de Herculano que os propriet�rios querem transformar em museu, apesar da recusa da candidatura apresentada ao programa comunitário Leader II, vai ser criado um ponto de venda com sala de provas, onde estar�o dispon�veis tr�s lotes de azeite, "com sabores e aromas completamente diferentes". As obras, que dever�o estar conclu�das em Setembro, antes do in�cio da nova campanha da azeitona, incluem ainda espaço para engarrafamento e armazenamento do azeite da quinta, que tem sido levado para Abrantes por inexist�ncia de espaço. Na Quinta de Vale de Lobos estáo plantadas cinco variedades de azeitona, num total de 150 mil oliveiras que ocupam uma área de 97 hectares, a maior parte da qual de cultivo super-intensivo (82 hectares), com apanha totalmente mecanizada. Com este olival mais recente convivem 10 hectares de olival tradicional intensivo, iniciado por Joaquim Santos Lima h� 19 anos, depois de tomar conta da quinta, plantação que recentemente passou de sequeiro a rega de gota a gota, com apanha semi-mec�nica, que ainda exige recurso a m�o-de-obra, o que encarece o processo. Do tempo de Alexandre Herculano, que viveu na quinta os �ltimos 10 anos da sua vida (1867/1877), persistem 5 hectares de oliveiras, centen�rias e bicenten�rias, de variedade galega, de baixa produ��o e colheita dif�cil. Ver�nica Santos Lima sublinha que todo o azeite Vale de Lobos prov�m de azeitonas produzidas na quinta, o que surge como uma vantagem perante a directiva que tornar� obrigatéria a rastreabilidade (ou seja, seguir o percurso de um azeite até � azeitona que lhe deu origem) a partir de 2006. Para esta economista, o abandono da profissão em Lisboa e a dedica��o � quinta valeram pela qualidade de vida, apesar dos 20 anos "extremamente desgastantes" iniciados no momento em que decidiram apostar, primeiro, no turismo de habita��o e, depois, na produ��o de azeite. Com muitas queixas contra a burocracia, que dificulta e entrava a iniciativa (como a resist�ncia ao olival super-intensivo por parte das entidades oficiais), Ver�nica lamenta sobretudo as dificuldades levantadas pelo sistema banc�rio aos empres�rios agr�colas. "A banca comercial não gosta de apoiar a agricultura e as caixas de cr�dito agr�cola não arriscam, não t�m espôrito empresarial e Também não existem empresas de capital de risco para este sector. Mesmo com garantias reais não � f�cil", afirmou. O turismo de habita��o �, no seu entender, um "bom complemento" da actividade agr�cola, sendo a sua casa (que neste momento disp�e de quatro quartos para alugar) procurada tanto por turistas estrangeiros como por portugueses. Ver�nica faz parte do grupo de trabalho de casas de turismo rural do distrito de Santar�m que está a desenvolver um projecto com cong�neres das prov�ncias italiana da Toscana Sul e francesa da Haute Provence, no ambito de um programa europeu que envolve as tr�s regi�es e de que a Associa��o Empresarial da Regi�o de Santar�m � parceira l�der.
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