A Rússia e a China querem ultrapassar este ano o recorde de comércio bilateral, alcançado em 2022 (nove mil milhões de euros), e reforçar a cooperação em áreas como energia, tecnologia exploração espacial e agricultura.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, esteve hoje reunido em Brasília, no Palácio Itamaraty, com o seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, e defendeu “a ampliação da parceria do comércio exterior e de investimentos” na energia, em particular a energia atómica, mas também exploração espacial e agricultura.
“Nós vamos ampliar vários temas e várias áreas para melhorar. Vamos fazer esforço na área de energia, em particular a energia atómica e pacífica. Exploração de espaço, agricultura, área farmacêutica. Nós vamos diversificar a nossa relação cultural, educativa”, afirmou o chefe da diplomacia do Kremlin, na primeira viagem do ministro dos Negócios Estrangeiros russo ao Brasil desde 2019.
Mauro Vieira, durante a conferência de imprensa, que não teve direito a perguntas, ao lado de Sergei Lavrov, recordou que no ano passado as relações comerciais entre os dois países atingiram recordes, que, os dois lados ambicionam quebrar novamente este ano.
A Rússia, frisou o diplomata brasileiro, “ocupa papel de destaque” no comércio externo com o Brasil, em especial na venda de fertilizantes para o gigante sul-americano, insumos estes necessários para a produção agropecuária do país que é um dos ‘celeiros do mundo’.
“Um quarto dos fertilizantes utilizados no Brasil são de produção russa. Tratamos de um acordo para garantir o fluxo deste insumo de vital importância para nossa agricultura. Também tratamos para que estabelecimentos brasileiros possam exportar produtos de origem animal para a Rússia”, disse o ministro brasileiro.
Depois do Brasil, Lavrov deverá seguir a viagem latino-americana para a Venezuela, Cuba e Nicarágua, alguns dos principais aliados do Kremlin na região.