O restauro ecológico é um tema tão ou mais premente quanto é o facto de, no nosso país, a biodiversidade estar em acentuado declínio desde o início dos anos de 1970.
A cerca de um mês de perfazer um ano desde que a Comissão Europeia (CE) apresentou a sua proposta de regulamento relativo ao restauro da natureza, Portugal e os demais Estados-membros têm de apresentar até 2024 a sua própria iniciativa, de modo a poder, individual e coletivamente, contribuir para travar a perda de biodiversidade sem precedentes na história da humanidade em resultado de um paradigma económico voraz assente no extrativismo e no descarte.
Assumindo o sentido de oportunidade e, sobretudo, sentido de urgência, a proposta jurídica da CE constituiu um alerta para a necessidade de trazer a natureza de volta ao centro das políticas e dos processos de tomada de decisão europeus, particularmente num contexto de crise climática. A recuperação da natureza, que se pretende mais biodiversa e resiliente tanto nas zonas terrestres como nas marítimas da União Europeia (UE), é fundamental para o cumprimento dos objetivos da UE em […]