No espaço de apenas um mês, o cenário de seca meteorológica em Portugal agravou-se com intensidade. O mês de fevereiro fechou com 28% do território continental a verificar escassez de água. Em março, esse valor subiu para os 48%.
O problema, alerta o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, é mais grave a sul. São sobretudo os distritos de Setúbal, Beja e Faro os mais afetados pela seca.
Em apenas um mês, a situação agravou-se de forma acentuada em Portugal. No último dia de fevereiro, 28% do território continental apresentava escassez de água. No final de março, essa percentagem atingia já os 48% do território.
Este é já o segundo ano consecutivo de seca elevada no país. Os especialistas estão preocupados e consideram as medidas de prevenção incoerentes.
Apontam como exemplo a constante aprovação de novos regadios, quando o setor da Agricultura já consome 75% a 80% da água.
“Não estamos numa situação de abundância. Nós estamos já numa situação de penúria de água. Ou olhamos seriamente para isto, ou vamos condenar a nossa própria existência. Aparentemente, aprendemos muito pouco com a seca do ano passado”, alerta o hidrobiólogo Adriano Bordalo e Sá.
Para o especialista, a solução passa por “salvaguardarmos a pouca água que ainda existe e a prioridade deve ser o abastecimento público”.