“PRR deixou a agricultura de fora”, lamenta Eduardo Oliveira e Sousa. Acusa o Governo de António Costa de ter transformado o primeiro R em reforço do Portugal 2020 e o segundo em reforço do OE.
Assim que foi anunciado que Portugal iria ter um reforço do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de 1,6 mil milhões de euros, já que uma parte da distribuição das subvenções da bazuca dependiam da variação do PIB em 2020 e 2021, a CAP abordou o Executivo e sugeriu que o reforço fosse utilizado ao nível dos recursos hídricos. Não obteve resposta e, por isso, Eduardo Oliveira e Sousa considera que este pacote de ajudas criado para mitigar os impactos da pandemia nas economias “foi uma oportunidade perdida para o setor agrícola”.
Se já estamos em seca em abril, isso significa que se antecipa desde já uma pressão nos preços?
Isso leva-nos para outro panorama no âmbito das nossas preocupações políticas que é a inércia com que este Governo trata os assuntos verdadeiramente estruturais para o país. Quando se passa o que se está a passar com o aeroporto, a rodovia, com os hospitais, a educação, as medidas de fundos, de futuro, de infraestruturar o país para abraçar dificuldades na seca estão nesse mesmo registo.
Empurra-se o problema com a barriga?
Empurra-se o problema para a frente. Choveu em novembro e de dezembro, com fartura, as barragens encheram. Apagou-se o problema da seca. Mentira. Todos os especialistas alertam que o problema da seca veio para ficar. Chover não significa não ter seca, mas sim que temos capacidade para armazenar, para diminuir as consequências da seca que virá a seguir. Perdemos mais um ano de poder armazenar mais qualquer coisa. E o Estado continua sem ter uma mensagem a dizer que estão empenhados em aumentar a capacidade de armazenamento, ou disponibilidade para melhorar a gestão dos recursos hídricos. Há quanto tempo se fala da dessalinizadora do Algarve? Para quando a […]