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– 26-03-2013 |
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Projecto de regadio do Baixo Mondego come�ou h� 30 anos e s� metade está conclu�do
O projecto da obra de fomento hidroagr�cola do Baixo Mondego iniciou-se h� mais de 30 anos, mas actualmente s� abrange cerca de metade dos 13 mil hectares de campos de cultivo na regi�o. Ouvido pela reportagem da Lusa, Pinto da Costa, produtor de arroz, olha para os seus terrenos e v�-se como que "numa fronteira entre dois países diferentes": a poente da estrada que liga o castro de Santa Eul�lia � povoa��o da Ereira não h� obra de regadio, mas a nascente o regadio j� existe. "Foi exactamente aqui, h� 13 anos, que as obras pararam. Esta fronteira significa que, por vontade de alguém, h� agricultores muito penalizados", afirmou. Onde a obra hidroagr�cola não chega, as dificuldades são acrescidas, seja na necessidade de mais meios humanos e materiais, seja na "disparidade de condi��es" que não permitem "rentabilidades" id�nticas, explicou. "Na zona com obra, a situa��o � completamente pac�fica, temos �gua � entrada dos terrenos. Na zona sem obra, temos de bombar a �gua duas vezes, primeiro para dentro de uma vala, para depois ser bombada outra vez [para os terrenos]", frisou Pinto da Costa. Os problemas de drenagem afectam, Também, agricultores vizinhos: "Tenho colegas em cotas mais baixas e, para n�s podermos fazer a bombagem, eles ficam inundados. E gerir toda esta situa��o torna-se muito dif�cil", alegou. Se o vale central do Mondego está praticamente todo coberto pela obra hidroagr�cola, o mesmo j� não sucede nos vales secund�rios – dos afluentes Pranto, Arunca e Ega – e na zona do rio de Foja e ribeira da An��. O Pranto, em Março, parece um imenso lago, onde não se vislumbram os limites dos terrenos, s� �gua, a cerca de um m�s da sementeira do arroz. Jos� Armindo, da Associa��o de Benefici�rios da Obra de Fomento Hidroagr�cola do Baixo Mondego (ABOFHBM) lembrou � Lusa que o vale do Mondego está em obra h� mais de 30 anos e que os agricultores esperam que no actual quadro comunitário possam entrar em execução os blocos da Margem Esquerda, Bol�o e Maiorca / Foja. "Com esses tr�s blocos, esperamos ultrapassar os 50 por cento [de obra], mas ficam a faltar os vales secund�rios", notou. Em declarações � Lusa, numa das margens dos campos de arroz do rio Pranto, apontou a falta de acessos aos campos – "as pessoas para chegar � sua propriedade tem de passar umas por cima das outras, não tem drenagem, a drenagem � colectiva, não tem rega e a �gua anda de uns terrenos para os outros". Para Jos� Armindo, fazer agricultura no Pranto "s� se consegue pela carolice e esfor�o dos agricultores". O presidente da associa��o apelou "aos pol�ticos" para que olhem para as "especificidades" do Mondego que, frisou, "produz um dos melhores arroz do Pa�s, em condi��es bastante deficit�rias. Mas queremos continuar a ser agricultores", garantiu. "Desafiamos o poder pol�tico a mostrar-nos uma obra [de regadio] que seja utilizada como no Vale do Mondego a 100 por cento. No vale do Mondego não h� um hectare sem estar a produzir, Queremos que as pessoas tenham condi��es, porque, de futuro não vai ser poss�vel fazer agricultura nestas condi��es", avisou. Na teráa-feira, a ministra da Agricultura, Assun��o Cristas, visita a Associa��o de Benefici�rios da Obra de Fomento Hidroagr�cola do Baixo Mondego, em Quinhendros, Montemor-o-Velho, e a� anunciar� a "adjudica��o da empreitada de constru��o das redes de redes de rega, vi�ria e drenagem do Bloco de Rega 16 / Margem Esquerda", de acordo com nota do ministério. Na quarta-feira uma delega��o da APOR – Associa��o Portuguesa dos Orizicultores vai ser recebida em audi�ncia na sede da Direc��o Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) onde irá entregar um baixo-assinado com centenas de assinaturas reclamando que o Governo inclua as verbas necess�rias para finalizar a Obra Hidroagr�cola no Baixo Mondego, seja através do Or�amento de Estado seja de outra forma, e em especial com a implementa��o do Emparcelamento Agr�cola no Vale do Pranto, no Vale do Arunca e do Ega. Argumenta a APOR que esta regi�o � uma zona or�zicola com perto de 4.000 ha, que integra o Per�metro de Rega do Baixo Mondego, regi�o rica na produ��o de arroz com grande impacto na economia da regi�o, e não pode continuar nesta situa��o, sem Obras Hidroagr�colas, sem reestrutura��o fundi�ria, impedindo assim o desenvolvimento agr�cola da regi�o. No abaixo-assinado os subscritores dizem Também que os pre�os do arroz na produ��o não compensam os elevados custos que os agricultores gastam. Fonte: Lusa e APOR
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