Duas organizações – a ANPOC e a ANPROMIS – anunciaram a suspensão da sua participação na Comissão de Acompanhamento da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção dos Cereais.
Alegando não estarem reunidas as “condições de lealdade e espírito de colaboração” por parte da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, a Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC) e a Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis) anunciaram a suspensão da sua participação nas reuniões da Comissão de Acompanhamento da Estratégia Nacional para a Promoção dos Cereais. E alertam para um cenário de quebras no fornecimento de cereais devido aquilo que alegam ter sido uma surpreendente mudança de estratégia por parte do Governo.
Através de comunicado divulgado esta terça-feira, a ANPOC e a AMPROMIS descrevem a cronologia dos acontecimentos que levou ao contencioso com a ministra da Agricultura, recuando até 2018 ao Governo de António Costa, que aprovou através da Resolução do Conselho Ministros n.º 101 de 2018 a Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais (ENPPC).
Dois anos depois, a 18 de Dezembro de 2020, a Comissão Europeia publicou o relatório “Commission recommendations for Portugal’s Cap strategic plan” onde identifica, “o baixo grau de auto-aproviosamento de cereais do nosso país”, prevendo até que a situação poderia vir a “provocar uma quebra” no abastecimento agro-alimentar nacional.
Reagindo aos alertas da Comissão Europeia, a ministra da Agricultura anunciou publicamente, a 17 de Junho, no âmbito da reunião anual do Clube Português dos Cereais de Qualidade, “o […]