O Instituto Nacional de Estatística publicou, esta quinta-feira, as previsões agrícolas relativas a 2021 e reportadas nos últimos dias do mês passado.
O INE alerta para as consequências da seca que já se sentem na produção pecuária, devido às fracas condições dos pastos, e no cultivo de cereais, cuja área semeada deve ser a menor dos últimos 100 anos. O aumento dos custos de produção também é preocupante.
Por causa das fracas condições dos pastos, os produtores têm mais custos e mais dificuldade em alimentar os animais. Nos últimos quatro meses de 2021, o preço dos alimentos para os animais aumentou 17%.
Na cultura de cereais, também já se notam os impactos da seca: no abrandar do desenvolvimento das plantas e na redução da área semeada. Por exemplo, na aveia, prevê-se uma redução na produtividade
na ordem dos 40%.
A nota positiva vai para a produção do olival, que deve atingir o valor mais alto de sempre. Estima-se que tenham sido produzidos 2,25 milhões de hectolitros de azeite, mais 46% do que em 2019.
Esta campanha bem sucedida deve-se às condições meteorológicas favoráveis ao cultivo do olival, bem como à profunda restruturação da fileira.