Os preços da produção agrícola na União Europeia (UE) recuaram pela primeira vez num ano, no terceiro trimestre, 9% face ao período homólogo, tendo subido em seis Estados-membros, incluindo Portugal (8%), puxados pelo aumento do azeite.
De acordo com dados hoje divulgados pelo serviço estatístico da UE, Eurostat, entre julho e setembro, os preços da produção agrícola tiveram um recuo homólogo de 9%, face a uma subida de 30% no mesmo trimestre de 2022, quando atingiram um pico.
A tendência em alta manteve-se, apesar de ter abrandado, a partir do quarto trimestre de 2022, até ao recuo assinalado no terceiro trimestre de 2023.
A nível nacional, indica o Eurostat, 21 dos 27 Estados-membros apresentaram uma diminuição dos preços no produtor para os produtos agrícolas no seu conjunto, no terceiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo trimestre de 2022.
No entanto, seis países do sul da UE viram os preços no produtor subir, com Portugal a registar o terceiro maior aumento (8%), depois da Grécia (22%) e Chipre (11%), que o Eurostat justifica com o aumento acentuado do preço do azeite: 103% em Espanha, 101% na Grécia, 99% em Portugal e 31% em Itália.
Espanha e Malta viram os preços da produção agrícola subir 5% e a Itália 1%.
Por seu lado, a Bulgária (-28%), a Hungria (-26%), a Lituânia e a Letónia (-24% cada) registaram as maiores quebras homólogas do indicador.
Na média da UE, o azeite foi o produto cujo preço mais aumentou (73%, face ao terceiro trimestre de 2022), seguindo-se as batatas (48%) e o açúcar de beterraba (44%).