Relatório conjunto dos tribunais de Contas de Portugal e Espanha conclui que, apesar de se registar progressos, ambos os países estão em falta nas medidas de combate à desertificação. No combate a incêndios, falta investimento na prevenção.
Os dados apontados em março por Portugal no âmbito da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação indicam que o país tem uma percentagem de 6,1% de solos degradados. Ao lado, a vizinha Espanha indica que tem 11,1% se solos em idênticas circunstâncias. Os números são referidos pelos tribunais de Contas dos dois países num relatório conjunto sobre “Medidas de combate à desertificação e de prevenção e extinção de incêndios na Península Ibérica”, divulgado esta quarta-feira. A principal conclusão é a de que esta é uma “luta” que é “ainda um desafio para os dois países”.
Os dados sobre degradação dos solos apontam para algum retrocesso no caso português, já que os valores anteriormente reportados para o período entre 2016 e 2019 eram de 14,5%. Já Espanha, que estava com 5,2% de terras degradadas terá subido para os 11,1%. O relatório refere, porém, que “a magnitude das diferenças” é “explicada, pelas autoridades nacionais, com base na utilização de diferentes modelos de cálculo”, o que pode dificultar comparações.
Portugal e Espanha aprovaram ambos Programas Nacionais de Combate à Desertificação (o português está atualmente em revisão), para os quais os tribunais olharam neste relatório. E uma das conclusões é que nenhum dos dois países ” […]