O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse hoje que Portugal deverá ter mais de 500 guardas-florestais da Guarda Nacional Republicana (GNR) até ao final do mandato do atual Governo.
Ao discursar durante a cerimónia do Dia do Guarda-Florestal, realizada em Viseu, Eduardo Cabrita referiu que “mais 44 guardas-florestais se encontram neste momento em formação” e que hoje foi publicado um despacho “que prevê o início de um processo de recrutamento de mais 90 novos guardas-florestais”.
“Uma força que estava a extinguir-se devagar passou, desde 2018, de menos de três centenas de efetivos, hoje já para mais de 400. E, com os 90 que iremos recrutar, certamente até ao final do mandato do atual Governo ultrapassará as cinco centenas”, afirmou.
O governante frisou que “é fundamental o reconhecimento da dimensão de uma função essencial dentro da GNR” e, por isso, “pela primeira vez em muitos anos”, foram aprovadas 94 promoções que serão brevemente concretizadas.
Eduardo Cabrita salientou também “a abertura para a revisão do quadro institucional desta guarda-florestal renovada e reforçada”.
Segundo o ministro, o primeiro curso permitiu que, em 2020, fosse possível ter 155 novos guardas-florestais que foram colocados um pouco por todo o território nacional.
“2020 foi o ano que mudou as nossas vidas, em que a pandemia determinou uma absoluta suspensão de todo o tipo de eventos desta natureza”, lembrou, congratulando-se por, com um “sentimento de esperança, de confiança”, poder hoje celebrar pela segunda vez o dia da guarda florestal.
A autorização para a admissão de 90 vagas ao curso de formação de guardas-florestais da GNR foi hoje publicada em Diário da República.
O despacho, assinado por Eduardo Cabrita, justifica esta nova admissão com a necessidade de “continuar o reforço do efetivo desta carreira”, depois de ter terminado em abril de 2020 o primeiro curso de guardas-florestais, o primeiro em 16 anos.
Os guardas-florestais foram integrados no Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR em 2006 e inicialmente estava previsto a sua extinção, mas foram reativados em 2018 após os grandes incêndios de 2017.
Atualmente, a GNR conta com cerca de 400 guardas-florestais ao serviço e têm como missão fiscalizar e investigar os ilícitos nos domínios florestal, caça e pesca.