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– 26-11-2002 |
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Petroleiro : não h� problema de Saúde pública em Portugal "para j�"Porto, 25 Nov "Para j�, não h� raz�es para alarmismos. não � um problema de Saúde pública imediato", afirmou o investigador de controlo da qualidade alimentar Paulo Vaz Pires, no debate "Derramamento de combust�veis no mar: a trag�dia do Prestige", promovido pela Universidade do Porto. Vaz Pires salientou que o fuel�leo n�mero 6 derramado pelo "Prestige" � um poluente com "uma vantagem extraordin�ria" em rela��o aos outros, pelo facto de a contamina��o ser, normalmente, bem vis�vel. Esta posi��o foi confirmada por Jos� Manuel Calheiros, professor do Instituto de Ci�ncias Biom�dicas Abel Salazar, que alertou para o facto de os benef�cios alimentares do peixe serem "enormes" para a Saúde humana, pelo que, até prova em contrário, apenas a previs�vel subida de pre�o pode ser admitida como impedimento para o seu consumo em Portugal. Estes oradores e especialistas de outras áreas defenderam, contudo, a necessidade de um apertado controlo de qualidade, refor�ando a monitoriza��o e o n�mero de análises feitas nos mercados. O bi�logo marinho e de pescas Paulo Santos real�ou que "não estáo a ser feitas tantas análises como seria desej�vel" e que quer as aves quer os peixes podem transportar para Portugal a contamina��o que se verifica na costa da Galiza. "O peixe vai-se alimentando a pouco e pouco de pl�ncton", algum do qual pode estar contaminado, salientou Paulo Santos, referindo que os efeitos nocivos nos bivalves pode prolongar-se por "anos", sendo mais dif�cil contabilizar a evolu��o nas especies de grande mobilidade. "Nos casos de mar�s negras, não se deve branquear nada", frisou Paulo Santos, criticando o vice-primeiro-ministro espanhol por ter negado a exist�ncia de mar� negra, quando o fuel�leo j� tinha atingido centenas de quil�metros da costa galega. Na opini�o do bi�logo, o que � uma "mar� cinzenta" para o governante espanhol � uma verdadeira mar� negra para os pescadores galegos, permanecendo sobre os portugueses um "v�u negro", por não se saber ainda bem que consequ�ncias o desastre terá no país. O hidrobi�logo Adriano Bordalo e S� destacou os efeitos nas cadeias alimentares mar�timas que este derrame terá, nomeadamente no pl�ncton de que quase todas as especies se alimentam e na morte de muitas larvas de peixe, que t�m pouca mobilidade e não podem fugir da polui��o como os adultos. Bordalo e S� defendeu a aquisi��o por Portugal do sistema de radar VTS de que Espanha e Fran�a j� disp�e para controlarem a passagem ao largo das suas costas de navios transportando mercadorias perigosas. Dois destes navios passam por hora ao largo das costas portuguesas, o que torna muito elevado o risco de acidentes como o do "Prestige". Jorge Ribeiro, da Petrogal, explicou que o combust�vel derramado pelo "Prestige", o fuel�leo n�mero 6, "� um produto muito pesado", com hidrocarbonetos "muito densos e viscosos" e "mais nocivos" do que o petr�leo bruto (crude). A oxida��o deste tipo de fuel�leo, que não se comercializa em Portugal, "� muito lenta" e a evapora��o quase que não se d�, ao contrário do crude, que, em contacto com a �gua, se evapore em 20 a 25 por cento.
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