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– 31-05-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Pesca de arrasto: Ambientalistas pressionam Portugal para defender moratériaLisboa, 30 Mai O objectivo da moratéria � suspender este tipo de pesca até que a capacidade de regular e fiscalizar as frotas seja mais desenvolvida. Representantes daquela plataforma, que congrega mais de 50 organizações internacionais e �s quais se juntaram hoje as tr�s principais associa��es ambientalistas portuguesas, estiveram em Lisboa a convite da Funda��o Luso-Americana para o Desenvolvimento para apelar ao governo portugu�s que tome um posi��o clara sobre esta matéria. "Portugal tem um papel determinante nas negocia��es que estáo em curso ao nível. da União Europeia, mas �s vezes questionamo-nos sobre se as instru��es estáo a ser ditadas por Lisboa ou por Madrid", declarou Remi Parmentier da Warda uma das organizações que integra a plataforma. Para os respons�veis da plataforma, Espanha, que representa cerca de 40 por cento do total mundial de capturas realizadas com arrastos de fundo em alto mar, tem sido um dos principais obst�culos a estas negocia��es, tentando impedir a adop��o de medidas contra este tipo de pesca por parte da ONU. Monika Verbeek, respons�vel da organiza��o não governamental Seas-at-risk, sublinhou que Portugal tem estado sempre a apoiar Espanha, mas comentou que as 12 embarca��es portuguesas que se dedicam � pesca de arrasto representam menos de um por cento da frota pesqueira nacional e apenas 2,2 por cento dos pescadores inscritos. A pesca de arrasto fundo � considerada uma das t�cnicas de captura mais destrutivas j� que afecta os ecossistemas existentes nos montes submarinos e nos corais de �gua fria que são mais vulner�veis do que os das zonas costeiras. Este tipo de pesca � praticado normalmente a 500 ou mil metros de profundidade, mas pode ir até aos dois mil. "Devido � sobre-explora��o dos recursos pesqueiros, as frotas comerciais t�m procurado oportunidades para explorar áreas cada vez mais profundas", explicou Remi Parmentier. Os montes submarinos albergam especies de corais e peixes muito diversificadas, mas que t�m caracterásticas que os tornam particularmente vulner�veis como o facto de viveram mais anos e se reproduzirem mais tarde. Parmentier comparou o fundo do mar � Amaz�nia em termos de biodiversidade e alertou que a probabilidade de extin��o � bem maior nas �guas profundas. Para Mathew Gianni, outro representante da plataforma, "� poss�vel pescar em �guas profundas, mas de forma sustent�vel, recorrendo �s artes tradicionais". Granadeiros, imperadores, tubar�es, alfonsinhos, ou red-fish, são algumas das especies de peixes amea�adas por esta t�cnica de captura. O investigador portugu�s Ricardo Serr�o Santos apontou os A�ores como um bom exemplo de gestáo de pescas ao proibir a pesca de arrasto e as redes de emalhar nas suas �guas territoriais. Os A�ores, Madeira e Can�rias são as �nicas regi�es europeias onde esta t�cnica de captura � interdita. A moratéria sobre arrasto de fundo em alto mar foi apresentada � ONU em 2004, mas s� no final deste ano dever� haver uma decisão final sobre uma eventual suspensão.
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