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– 01-06-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Cooperativas: Fusão � solu��o para o sector ganhar em dimensão e efici�nciaPorto, 31 Mai Segundo o presidente da Confedera��o Nacional de Cooperativas Agr�colas e do Cr�dito Agr�cola (CONFAGRI), as cooperativas mais pequenas devem fazer um esfor�o para se fundirem, de forma a "ganharem dimensão". Na sua opini�o, em alguns casos esta concentra��o poderia resolver alguns problemas de m� gestáo ou de fraca capacidade econ�mica. Falando, no ambito da FICoop – Feira Internacional de Cooperativas, que pela primeira vez em Portugal decorre de quinta-feira a domingo na Exponor, em Matosinhos, sobre a import�ncia de manter o sector cooperativo portugu�s "forte", Fernando Mendon�a alertou para a necessidade de uma "boa gestáo" econ�mica das cooperativas. O objectivo, explicou, � evitar que caiam em situa��es de sobrendividamento, "que torna impratic�vel a sua actividade e pode denegrir todo o sector". "Todas as cooperativas t�m uma actividade econ�mica e, tal como uma empresa, precisam de uma boa gestáo e h� casos em que esta não tem sido a mais indicada e os agricultores ficam com s�rios problemas", explicou o respons�vel. A agricultura � um dos ramos mais representativos do sector cooperativo, com 897 cooperativas inscritas (29 por cento) no final de 2005 de um total de 3.089, de acordo com os dados do Instituto Ant�nio S�rgio do Sector Cooperativo (INSCOOP). Fernando Mendon�a apontou o "bom exemplo" do grupo Lactogal, um projecto que resultou da parceria entre tr�s cooperativas do sector leiteiro – a Agros, a Proleite e a Lacticoop – e que se transformou na maior empresa agro-industrial e de lactic�nios portuguesa, com vendas em 2005 a rondar os 680 milhões de euros. Com sete f�bricas de leite, iogurtes, manteigas, queijo e �guas, o grupo Lactogal emprega actualmente cerca de 1.800 pessoas e exporta, via mercado espanhol, cerca de 14 por cento da factura��o. Na mesma linha, o presidente do INSCOOP, Manuel Canaveira, em declarações � agência Lusa, referiu-se � import�ncia de uni�o ou fusão entre as várias cooperativas, nomeadamente as de menor dimensão, com vista � aquisi��o de "maior capacidade de interven��o" no mercado. não tanto por movimentos de fusão, mas por um processo de selec��o natural, o n�mero de cooperativas do sector da habita��o tem vindo nos �ltimos anos a sofrer uma redu��o que, na opini�o do presidente da Nova Imagem – União de Cooperativas de Habitação, dever� ainda continuar. De acordo com Jos� Batalha, este decréscimo tem, contudo, significado um aumento da qualidade, profissionalismo e solidez financeira das cooperativas que se mant�m no activo, contrariando a ideia de que estas apenas constroem "barato e muito fraquinho". No final de 2005, os dados do INSCOOP apontavam a exist�ncia de 577 cooperativas de habita��o e constru��o em Portugal, correspondente a 18,68 por cento do total de cooperativas inscritas. "Pelo caminho" t�m ficado, segundo explicou, algumas cooperativas de habita��o apenas constitu�das com o objectivo de desenvolver determinado empreendimento (as denominadas cooperativas fechadas) que entretanto ficou conclu�do e implicou a sua dissolu��o natural. Depois do ‘boom’ p�s-25 de Abril, em que se assistiu a um aumento exponencial e algo "amador" das cooperativas de habita��o para responder � car�ncia de casas que ent�o existia, muitas unidades foram depois progressivamente desaparecendo por falta de profissionalismo e "alguma degrada��o" da imagem do sector. "Muitas acabaram por desaparecer naturalmente porque não tinham gestáo nem capacidade para se manterem no mercado", explicou Jos� Batalha, salientando que uma cooperativa "s� faz sentido se produzir habita��o de qualidade a pre�os competitivos". Finalmente, para o recuo no n�mero de cooperativas de habita��o tem Também contribu�do quer a aus�ncia de uma "verdadeira pol�tica de habita��o" em Portugal, "que tem dificultado a vida" ao sector, quer � "burocracia tremenda" que continua a rodear a actividade. "A Nova Imagem j� construiu mais de 2.000 fogos desde 1992 e nunca um empreendimento demorou mais tempo a construir do que a aprovar o projecto", exemplificou o respons�vel. Segundo salientou Jos� Batalha, o cooperativismo a nível. da habita��o não significa baixos pre�os, mas antes pre�os competitivos face ao nível. de acabamentos do im�vel. "J� constru�mos desde habita��o social a habita��o de luxo, com pre�os entre os 25 mil e os 350 mil euros", disse. O pre�o final dos im�veis, explicou, � competitivo porque as cooperativas conseguem negociar pre�os "bastante bons" com os construtores, quer por serem "bons clientes" destes, quer por serem Também "bel�ssimos pagadores". "Quando come�amos um empreendimento temo-lo ou j� totalmente ou praticamente vendido, por isso pagamos sempre a horas", disse. Por outro lado, referiu o presidente da Nova Imagem, as cooperativas "não especulam, porque não t�m fins lucrativos", vendendo as casas ao pre�o de custo, apenas acrescido dos encargos administrativos, que "normalmente não excedem os cinco por cento". Adicionalmente, as cooperativas auxiliam os cooperantes no recurso ao financiamento banc�rio, negociando Também taxas bastante atractivas com a banca. No caso da Nova Imagem, a cooperativa assegura depois a gestáo do empreendimento durante o primeiro ano, ap�s o que entrega essa responsabilidade aos propriet�rios ou a uma empresa gestora de condom�nios por estes designada. Nos termos da lei, os cooperantes não podem vender a respectiva habita��o sem a autoriza��o da cooperativa que promoveu a constru��o, j� que esta possui um direito de prefer�ncia por 30 anos, que pode ou não exercer.
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