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– 04-07-2002 |
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Papel : Erros de previsão e importa��es criam excesso de matéria-primaLisboa, 04 Jul Paulo Castro garante que esta situa��o, a continuar, vai levar � fal�ncia pequenas empresas de corte de �rvores e com�rcio de madeira, "muitas de cariz familiar, sem capacidade de resist�ncia". O secret�rio-geral da Anefa acusa a ind�stria, em primeiro lugar, de importar madeira da Am�rica do Sul, mais cara, em vez de consumir o produto nacional, mais barato. Segundo os dados de Paulo Castro, o metro c�bico de madeira de eucalipto com casca nacional � pago a 35 euros � porta da f�brica, valor que representa cerca de metade dos 62 a 70 euros pagos pela matéria-prima estrangeira. Esta situa��o dura desde 1989, mas agravou-se, agora, com os elevados n�veis de stocks da ind�stria que, por isso, não está a comprar matéria-prima no mercado. A quantidade elevada de produto armazenado pela ind�stria dever-se-�, por outro lado e segundo o mesmo respons�vel, a deficientes c�lculos de planeamento, que são feitos com n�meros do invent�rio florestal nacional, da responsabilidade da Direc��o-Geral de Florestas (DGF), que, por sua vez, poder�o estar errados. "A Celpa [associa��o da ind�stria papeleira], que colaborou com a DGF, admite que poder� ter havido um erro de invent�rio e os valores de produ��o estarem subavaliados, não reflectindo a subida verificada", explica Paulo Castro. Com este "erro", não � contabilizada uma parte da produ��o nacional que �, assim, subavaliada. O secret�rio-geral da Anefa diz que j� pediu "cinco reuni�es � ind�stria", para saber o porqu� de se comprar madeira brasileira mais cara que o produto nacional e defender que os erros de previsão associados � ind�stria devem ser pagos por todos os intervenientes na fileira e não apenas por alguns. S� que, os encontros com os respons�veis pelas empresas de pasta e papel "nunca se concretizaram", tendo sido, sempre, "desmarcados". Face a isto, a associa��o optou por denunciar publicamente a situa��o e pedir, Também, uma audi�ncia ao ministro da Economia, Carlos Tavares, que ainda não respondeu. Ao Governo, que actua na dupla função de regulador do mercado e accionista maiorit�rio da Portucel (principal empresa do sector), a Anefa vai expor ainda mais preocupa��es. A prefer�ncia pelo eucalipto importado � "tanto mais grave quanto � seguida por uma empresa de capitais públicos" e d� origem a "gastos desnecess�rios", explica aquele respons�vel. O "monop�lio" vivido nesta área, com o dom�nio de 70 por cento do mercado pela Portucel, permite "a manipula��o" dos pre�os, que permanecem inalterados h� 10 anos, diz, ainda, Paulo Castro, salientando que "isto provoca a redu��o da margem das empresas". Ao ministro Carlos Tavares, os respons�veis da Anefa v�o propor medidas concretas "para minorar ou resolver os problemas", nomeadamente, que seja criada uma entidade reguladora do mercado, para salvaguardar a posi��o das empresas transformadoras e de comercializa��o de madeira perante a situa��o de "monop�lio". V�o, ainda, manifestar preocupa��o quanto ao processo de privatiza��o da Portucel, alertando para o perigo da venda a um grande grupo do sector (portugu�s ou estrangeiro) provocar uma situa��o de posi��o dominante e de existir possibilidade de deslocaliza��o da ind�stria. As f�bricas compram uma média anual de cinco milhões de metros c�bicos de eucalipto, no valor de cerca de 160 milhões de euros. No ano passado, as importa��es atingiram entre 12 e 14 por cento do valor total da madeira deste tipo gasta nas unidades fabris e sete por cento em termos de quantidade.
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