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– 01-04-2012 |
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Palmeiras: Especialistas reclamam plano de preven��o contra praga que j� atingiu Lisboa
A praga do escaravelho vermelho está a contaminar rapidamente as palmeiras portuguesas e a falta de uma estratégia de combate � doen�a está a alarmar os especialistas, que temem a destrui��o irrevers�vel de milhares de plantas em todo o país. "Se não houver um plano integrado que seja aplicado por entidades públicas e privadas, dificilmente vamos conseguir controlar a praga", afirmou � Lusa Maria Cristina Duarte, directora do Jardim Botúnico Tropical, uma instituição que j� abateu esta semana a primeira palmeira infectada. O escaravelho vermelho alimenta-se do interior das palmeiras, especialmente das especies Can�rias e Phoenix, secando-as e provocando a sua morte. O grande problema � a r�pida contamina��o da zona envolvente, j� que o insecto pode percorrer áreas entre os quatro e cinco quil�metros em pouco tempo, principalmente quando o tempo está quente. No in�cio de Março, o Jardim Botúnico detectou a primeira presença do escaravelho vermelho e os danos foram j� irrevers�veis: "vimos os primeiros sintomas e depois confirmamos com casulos dos insectos no ch�o. Em tr�s, quatro semanas a planta ficou com a coroa das folhas completamente morta, naquele aspecto t�pico de chap�u de chuva" fechado, esclareceu Maria Cristina Duarte. J� Maria Am�lia Martins-Lou��o, bi�loga especialista em ecologia, teme que "a pouca capacidade financeira, de recursos humanos e a falta de conhecimento e/ou cuidados levem � devasta��o de certas especies de palmeiras". As "palmeiras afectadas não podem ser recuperadas. Antes, rapidamente retiradas e cortadas para não permitir a continuidade do insecto. O grande problema � que todas estas ac��es são caras e exigem constante monitoriza��o", esclarece a bi�loga � Lusa. A Biostasia, empresa respons�vel pela manuten��o de palmeiras na cidade de Lisboa, Também não tem m�os a medir. O s�cio-gerente, Carlos Gabirro, reconhece que a praga tem vindo a alastrar rapidamente. "Em dois anos [em Lisboa] conseguimos ter um preju�zo que no Algarve tivemos em cinco anos. A praga, em princ�pio devido � temperatura, tem vindo a propagar-se mais r�pida que o normal", afirma o especialista. Sem preven��o, a cura torna-se mais dif�cil: "a �nica altura em que poderemos ter alguma vantagem sobre a praga � na altura do inverno, porque com o frio [os insectos] não fazem voos, mas s� se houver meios. O Jardim Botúnico Tropical � constitu�do por 23 especies de palmeiras, mais de 230 plantas, algumas delas com mais de 100 anos e outras raras. Para a directora do jardim, perder exemplares da colec��o "seria um aborrecimento muito significativo" para a instituição. Com origem no norte de �frica, a praga do escaravelho vermelho surgiu em 2007 no Algarve, devido � contamina��o de viveiros de comercializa��o de palmeiras. Fonte: Lusa
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