A pergunta que nos devemos fazer é simples: será este o Verão o mais fresco das próximas décadas?
O calor e a seca vividos nestes últimos meses podem ser uma pequena amostra das próximas décadas. Atravessamos um período em que os fenómenos climáticos extremos são cada vez mais frequentes e com consequências reais para as populações, a biodiversidade e os ecossistemas. Depois do “novo normal” introduzido pela pandemia, teremos um novo “novo normal” em que os fenómenos extremos raros passam a ser a norma. A pergunta que nos devemos fazer é simples: será este o Verão o mais fresco das próximas décadas?
As temperaturas anormalmente altas sentidas nos últimos meses, associadas à baixa precipitação, resultam em extensos períodos de seca na maior parte do território nacional e ao emurchecimento permanente de algumas destas regiões. O fenómeno não é local e todos os países que fazem parte da bacia do Mediterrâneo sofrem consequências semelhantes nos seus territórios.
Se à situação actual juntarmos a anunciada crise energética a concretizar lá mais para o final do ano, mas da qual já se sentem os abalos premonitórios, estas últimas semanas podem de facto vir a ser as mais frescas das próximas décadas. Não será difícil de prever as consequências de estarmos, em pleno século XXI novamente a produzir energia eléctrica através de fontes altamente poluentes […]